quarta-feira, 13 de maio de 2015

STAR WARS - LEITE DE BANTHA (BLUE MILK)

Finalmente “Star Wars – O Despertar da Força” estreou nos cinemas. Com todo alvoroço e expectativas em cima do novo filme da franquia Star Wars, vale a pena fazer um post dedicado ao universo georgelucasiano.

J.J. Abrahams é o responsável pela direção de “O Despertar da Força” e também atende como um dos produtores executivos.  Queridinho da fan base nerd por dirigir os filmes da nova fase de “Jornada na Estrelas”, Abrahams tem uma imensa responsabilidade em suas mãos, pois agora ele tem o controle sobre as duas maiores franquias de ficção científica da história do cinema. Não é para qualquer um. O cineasta começou na televisão produzindo sucessos como “Lost” e “Alias”. Em 2006, migrou para os cinemas com a missão de dirigir “Missão Impossível 3” numa péssima fase da vida pessoal de Tom Cruise.

Desde que a Walt Disney Company comprou a LucasFilm em 2012, muito tem se especulado sobre o que seria feito com os direitos de “Guerra na Estrelas”. Levando em consideração o sucesso dos filmes da Marvel (que também pertence à Disney) há grandes expectativas em relação a este novo episódio que será o primeiro de uma nova  trilogia. Principalmente porque os Episódios I, II e III, sob a condução do próprio George Lucas, foram decepcionantes para muita gente.

Desde a estreia do Episódio 4, em 1977, o universo “Star Wars” vem conquistando uma base fiel e passional de seguidores, se tornando em um fenômeno globalizado de cultura pop. A quantidade de produtos desenvolvidos para atender essa demanda é incontável e impressionante. Desde bonecos, passando por fan fictions até teses de doutorado foram criados a partir da história de Luke Skywalker e companhia.

Há estudos complexos sobre a cultura criada por George Lucas e isso inclui até gastronomia. Quem se lembra da líquido azul que Luke toma com seus tios no começo de “Uma Nova Esperança”? A bebida nada mais é que leite de Bantha e pode ser encontrado por toda galáxia. 




Como é uma bebida fictícia, está é a minha versão para o Blue Milk.

Ingredientes:

½ copo de leite
1 bola de sorvete de creme
½ dose de rum
½ dose de blue curaçau

Modo de Preparo:
Em uma coqueteleira, misture todos os ingredientes até formar uma mistura azul.







terça-feira, 12 de maio de 2015

A 100 PASSOS DE UM SONHO

A ganhadora do Oscar de Melhor atriz por “A Rainha” em 2007, Hellen Mirren, está no delicioso “A 100 Passos de Um Sonho”. Produzido por Steven Spielberg e Oprah Winfrey, está produção é um suave drama com tons de comédia permeada pelas culinárias francesa e indiana.

Na história, o jovem Hassan, após perder sua mãe, emigra com sua família para a Europa a fim de se tornar um cozinheiro. Depois de uma temporada frustrada em Londres, eles seguem para o interior da França onde abrem um restaurande de comida típica indiana a apenas cem passos de distância do melhor restaurante de culinária francesa da região. 

O estabelecimento é gerenciado pela implável madame Mallory (Mirren), que não está nada satisfeita com essa nova concorrência. Uma “guerra” se forma para disputar os estômagos locais, porém essa briga não dura por muito tempo. Hassan é um chef nato e seu talendo não passa despercebido pela madame.

O rapaz é obstinado e auto didata. Ele está determinado a aprender as tradicionais receitas francesas. E uma das suas primeiras lições envolve o preparo do cinco molhos básicos que são o primeiro passo nessa jornada. Os molhos são bechamèl, Veluté, Espagnole, hollandaise e Tomate

Esses caldos são chamados “base” e serve para preparar outros  molhos mais sofisticados. O Bechamèl é o mais simples de preparar.

Confira aqui a receita deste molho:

Ingredientes:

1 litro de leite gelado
3 colheres de sopa de farinha de trigo
3 colheres sopa de manteiga
1 pitada de noz-moscada
sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto

Modo de Preparo:

Numa panela grande, derreta a manteiga. Junte a farinha e mexa vigorosamente com a colher de pau, por cerca de 2 minutos. Também conhecida como roux, essa mistura serve para engrossar molhos em geral.
Coloque o leite gelado de uma vez e, com a ajuda de um batedor de arame, misture bem, até levantar fervura.
Abaixe o fogo e deixe cozinhar por mais alguns minutos, mexendo de vez em quando. Tempere com noz-moscada, sal e pimenta-do-reino.


"A DAMA E O VAGABUNDO" - MACARRÃO AO MOLHO DE ALMÔNDEGAS

“A Dama e o Vagabundo”, animação da Disney de 1955, completa 60 anos agora em 2015. O clássico  já encantou várias gerações e conta a história de uma cachorrinha “riquinha”, da raça cocker spaniel, que se perde de sua família e vive muitas aventuras pelas ruas da cidade ao lado de seu novo amigo, um cachorro vira-latas.

Esta produção foi o maior sucesso de arrecadação em bilheteria desde “Branca de Neve e os Sete Anões” de 1937. Tendo em vista que foi a  décima quinta animação de longa metragem dos Estúdios Disney, este é incontestavelmente um grande feito, superando sucessos como “Dumbo”, “Bambi” e “Pinóquio”.


O personagem Caco (Trusty no original), de acordo com a primeira versão do filme, estava previsto para morrer em um acidente. Entretanto, quando o próprio Disney assistiu à cena, e querendo evitar uma repercussão semelhante à morte da mãe de Bambi, pediu que a sequência fosse reescrita, salvando assim a vida do cachorrinho.

O trecho mais notório do filme, que fica nas lembranças de crianças e adultos é quando a Dama e o Vagabundo dividem um espaguete com almôndegas, à luz do luar, em uma cantina italiana. Pode parecer incrível, mas essa sequência quase ficou de fora do corte final. Outra curiosidade interessante é que, para manter o foco na perspectiva dos animais, os rostos dos donos são raramente exibidos na tela.

O filme é extremamente querido até os dias de hoje. Suas cores suaves e luminosas  rementem a paisagens ensolaradas e dão uma atmosfera gostosa para a história de amor dos cachorrinhos.  Os animadores abusaram da fofura de seus personagens e assim conquistaram nossos corações.

Para a receita de hoje ficamos com o clássico macarrão ao molho de almôndegas.
(fonte: comidaereceitas.com.br)

Bom apetite!

Ingredientes:

300g de carne moída
1 colher (sopa) de cebola picada
Sal e pimenta do reino a gosto
1 ovo
1/4 xícara (chá) de aveia em flocos finos ou farinha de rosca
1 xícara (chá) de molho de tomate temperado
1/3 xícara (chá) de água
250g de macarrão tipo espaguete
4 colheres (sopa) de manteiga ou margarina
1 dente de alho amassado

Modo de preparo:

Pré aqueça o forno em temperatura média (170º) e coloque uma panela com água para ferver.
Numa tigela misture a carne,  a cebola, o sal, a pimenta do reino e o ovo.
Com o auxílio de uma colher retire um pouco dessa mistura, enrole com as mãos formando uma bolinha e passe pela aveia ou farinha de rosca e coloque numa forma refratária.
Numa tigelinha, misture o molho de tomate com a água e despeje sobre as almôndegas.
Cubra com papel alumínio e leve ao forno por uns 30 minutos.
Desligue o forno conservando as almôndegas lá dentro.
Cozinhe o macarrão na água com sal até ficar "al dente", isto é, macio mas resistente à mordida, e escorra.
Coloque a manteiga ou margarina numa panela e frite o alho até começar a dourar.
Acrescente o macarrão e misture bem.
Coloque numa forma refratária ou travessa e por cima distribua as almôndegas com o molho.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

OK, VOCÊ VENCEU! OSCAR E BATATA FRITA

Um filhote de Boston Terrier é o protagonista do curta de animação “Feast”, vencedor do prêmio da Academia na última cerimônia do Oscar, realizada em 22 de fevereiro de 2015. Winston era apenas um cachorrinho de rua quando foi acolhido pelo seu dono. Os dois passam a dividir uma amizade recheada  guloseimas nada saudáveis, ao longo de 12 anos de história comprimidos em menos de seis minutos de filme.

Único indicado da categoria com um nome de um grande estúdio por trás – a parceria Pixar/ Disney –  “Feast” confirmou seu favoritismo dando sequência à série bem-sucedida de curtas frutos desta parceria. Ou outros indicados foram: “Me and My Moulton”, do Canadá, “The Bigger Picture”, do Reino Unido, “A Single Life”, da Holanda e “The Dam Keeper”, dos Estados Unidos.

Manter a história da perspectiva do cãozinho, foi uma estratégia muito boa para conseguir que o público se identificasse e simpatizasse com história. O pequeno glutão tem seu grande desafio quando seu dono se apaixona por uma garçonete “natureba” e impõe odiosos vegetais aos dois amigos. Quando o relacionamento acaba e o dono afoga as mágoas em junkie food, é de Winston o papel de mudar o rumo da história renunciando aos seus calóricos lanches.

Para contar a história de um casal de humanos do ponto de vista do cachorro, o diretor Patrick Osborne teve que concentrar as cenas em qualquer que fosse o alimento que Winston estivesse comendo em momentos chaves da relação dele com seu dono.  “Feast”, que significa banquete, foi exibido nos cinemas antes das projeções de “Operação Big Hero”, também ganhador do Oscar este ano, mas em longa metragem.

Ao longo dos seus quase seis minutos de duração, Winston se delicia com diferentes pratos (extremamente contra-indicados para animais, diga-se de passagem): bifes, sorvete, nachos, hambúrgueres, etc. Mas a receita escolhida para a edição desta semana é mais uma série de dicas. Inspirada pela batata frita que marca o encontro de Winston com seu dono, veja algumas dicas para preparar as batata frita perfeita.

Confira a animação completa:



Batata frita sequinha e crocante

Coloque o óleo para aquecer.

Tente cortar os palitos do mesmo tamanho, pequenos de preferência, para que fritem de forma homogênea.





Depois de cortar, coloque os palitos em um recipiente com água gelada e tempere com sal. Coloque, também, uma colher de café de vinagre.


Seque as batatas com um pano de prato ou toalhas de papel



Quando o óleo estiver bem quente, frite em pequenas levas para que não grudem. Frite até ficarem moreninhas.



Com o auxílio de uma escumadeira, retire as batatas do óleo e disponha em uma travessa forrada com papel toalha para absorver o excesso de gordura. 


MOORISE KINGDOM É UM DELEITE PARA OS OLHOS E PALADAR

Em 2012, o festival de Cannes iniciou seus trabalhos com a exibição de “Moonrise Kingdom”, do diretor Wes Anderson. A produção exibe uma direção de arte impecável, com detalhes estéticos elaborados na mesma linha de criação de outros trabalhos do diretor. O filme foi indicado ao Oscar de melhor roteiro original em 2013, dividindo os créditos entre Anderson e Roman Coppola (colaborador também de outra obra de Anderson – “Viagem a Darjeeling”).

Os iniciantes Kara Hayward e Jared Gilman dão vida a um casal de adolescentes nas angústias do primeiro amor que floresce nas nuances românticas dessa metáfora da própria adolescência em si. Sam (Gilman) é um órfão de 12 anos com problemas para se adaptar ao seu grupo de escoteiros. Suzy (Hayward) é a filha problema de uma casal de advogados (os sempre ótimos Bill Murray e Frances McDormand) que tem mais três filhos. Juntos, os dois planejam fugir por alguns dias explorando os arredores da ilha onde moram.


Ainda integram o elenco Edward Norton, Bruce Willis, Harvey Keitel e Tilda Swinton. A maior parte deles já trabalhou com Wes Anderson em outros filmes.

Abusando das paisagens naturais da locação em Rhode Island, nos Estados Unidos, Anderson nos provê uma narrativa suave que é pontuada com os elementos de cena (cenário, figurino, maquiagem) abraçando uma estética peculiar e deslumbrante. Em 2014, Anderson aperfeiçoou ainda mais seu estilo com o exuberante “O Grande Hotel Budapeste”.

Nessa aventura, onde os dois jovens apaixonados trilham por matas fechadas e caminhos perigosos, são as habilidades de escoteiro de Sam que garantem a sobrevivência do casal. Suzy, pouco prática, trouxe em sua mala, livros, discos e dúzias de comida de gato (o gatinho também está nessa jornada). Esse fato leva a um dos momentos mais graciosos da trama: Sam, depois de pescar um peixe, sugere dar os restos para alimentar o gato de Suzy, mas a menina recusa afirmando que o felino só se alimenta de comida para gatos. A câmera corta para a imagem de uma pilha de latas  que diz: All Fish (Somente Peixe).

Inspirada por esta cena a receita desse post também é de peixe. Só que ao invés de grelhar o peixe na frigideira, vou usar uma técnica chamada papillote que eu aprendi com a chef Rita Lobo. Confira o passo a passo e bom apetite.



Papillote de peixe branco

Ingredientes:

4 filés de pescada branca com 150 g cada
suco de 1 limão
1 cebola roxa
12 minimilhos
4 colheres (chá) de azeite
sal e pimenta-do-reino a gosto
cebolinha francesa para decorar
papel-manteiga

Modo de Preparo:


Preaqueça o forno a 180ºC (temperatura média).  Num prato grande, tempere os filés de peixe dos dois lados com sal, pimenta-do-reino e o suco de limão. Reserve. Numa tábua, corte os minimilhos em metades, no sentido do comprimento. Descasque a cebola roxa, corte na metade, e as metades em meias-luas bem finas. Corte 4 folhas de papel-manteiga formando retângulos de 30 cm x 40 cm. Disponha 6 metades de minimilho e algumas meias-luas da cebola roxa, formando uma caminha. Coloque 1 filé de peixe sobre a caminha, regue com 1 colher (chá) de azeite. Feche o papel-manteiga: alinhe as pontas e faça uma dobra de dois dedos no sentido do comprimento; faça mais 2 dobras, apertando bem o papel; agora, dobre também as laterais, apertando bem para que o líquido não vaze. Repita o procedimento com os outros filés.  Numa assadeira, disponha os papillotes e leve ao forno preaquecido para assar por 10 minutos. Retire do forno, abra o papel com cuidado para não se queimar e sirva a seguir. Se quiser, decore com cebolinha francesa.

DUAS VERSÕES DE CINDERELA

A tendência de revitalizar contos de fadas , saindo do nicho de animação e utilizando atores de verdade segue forte em Hollywood. A história de vez é “Cinderela” que está recebendo massiva atenção da imprensa e do público. O filme já estreou no Estados Unidos e atingiu o topo das bilheterias americanas logo no seu fim de semana de estreia.  
Ainda nessa atmosfera, outro “conto de fadas” está de volta à cena – “Uma Linda Mulher”, de Gary Marshall com Julia Roberts e Richard Gere, está completando 25 anos, com direito a reencontro do elenco e tudo. Ambientado em Los Angeles, o filme já é um clássico do cinema e está competentemente incorporado no nosso imaginário popular como um conto de fadas moderno.


Julia Roberts dá vida a prostituta Vivian, que faz um acordo com o milionário Edward Lewis (Gere), para passar uma semana como sua acompanhante. Edward acaba de terminar um namoro e está a negócios na cidade. Ele precisa de uma companhia feminina mas não quer ter nenhum estresse de origem romântica. Então ele “contarta” Vivian e os dois passam uma semana juntos na cobertura do Beverly Wilshire Hotel, com direito a jantares em restaurantes chiques, ópera em São Francisco e dias de compras na Rodeo Drive (Avenida com as mais caras e famosas grifes do mundo). É ou não é um conto de fadas?

À propósito de uma reunião de negócios, Edward leva Vivian para um jantar em um famoso restaurante (no filme “The Voltaire”, na vida real “Cicada”). Essa cena em especial é particularmente hilária dada à falta de jeito de Vivian com os escargots servidos na refeição.

Confira a cena aqui: 



Escargot é um prato francês considerado uma iguaria. Entretanto, sei que não é algo que agrade a todos os paladares (inclusive o meu, eca!). Portanto resolvi explorar o canapé que é servido antes do escargot, um canapé onde Vivian se enrola com as regras de etiqueta à mesa. Esta é a minha versão.

Canapé de Foie Gras

Ingredientes:
Algumas rodelas de pepino
Algumas rodelas de rabanete
Uma fatia de pão de forma sem casca
Azeitonas pretas cortadas em rodelas sem caroço
Patê de Foie Gras pronto em lata

Modo de Preparo:
Em um prato, faça uma base com as rodelas de pepino e rabanete. Corte a fatia do pão de forma em formato de “X” para que forme quatro triângulos. Passe o patê de foie gras por cima e decore com a rodela de azeitona. Coloque os triângulos em cima dos vegetais e sirva como entrada.

sábado, 9 de maio de 2015

"SERÁ QUE?" DANIEL RADCLIFFE E A MALDIÇÃO DO ETERNO PERSONAGEM

Um fenônomeno muito comum entre os artistas de cinema e TV é ficar estigmatizado por seu trabalho. Alguns atores participam de filmes tão icônicos que suas carreiras ficam marcadas para sempre pela interpretação de determinado personagem. É o caso de Elijah Wood, O Frodo de “O Senhor do Anéis”, Pierce Brosnan, o James Bond, da franquia 007, Taylor Lautner, o Jacob , de “Crepúsculo”, e Daniel Radcliffe, o Harry Potter.

É muito interessante analisar caso a caso. Elijah Wood, por exemplo, é ator desde os nove anos de idade. Antes de “O Senhor do Anéis” ele já tinha atuado em mais de 20 filmes, como “Eternamente Jovem” e “Impacto Profundo”. Mesmo assim, o sucesso comercial da trilogia de J.R.R. Tolkien nos cinemas foi tão avassalador que como resultado óbvio, Wood ficaria conhecido como “o eterno Frodo”.

Daniel Radcliffe fez o caminho inverso. Aos 11 anos ele foi escalado para interpretar o famoso bruxinho dos livros de J.K. Rowling nos cinemas. E pelos próximos 10 anos, ficaria “preso” a este personagem que lhe deu muito sucesso mas também um grande desafio: o de provar que é um ator muito além de Harry. E como ele tem tentado. Em 2007, Daniel causou polêmica ao participar da peça teatral “Equus”, onde apareceu em nu frontal. Em 2012, estrelou o filme de terror “A Mulher de Preto”. Em 2013, entregou-se ao cinema independente, com o drama, “Versos de Um Crime”, o terror “Amaldiçoado” e a comédia romântica “Será que?”

“Será Que?” é uma co-produção entre Irlanda e Canadá e conta com a participação da talentosa Zoe Kazan (estrela e roteirista do muito bom “Ruby Sparks – A Namorada Perfeita”). Na história, Daniel é Wallace e Zoe é Chantry. Eles são perfeitos um para o outro, mas Chantry tem um namorado e Wallace está traumatizado por um relacionamento fracassado.

Entre anos de amizade e paixões enrustidas, um item marca a relação dos dois amigos: o sanduíche “Ouro de Tolo”. Mais conhecido como “o sanduíche de Elvis” por ser o preferido do cantor. Reza a lenda que o Rei do Rock saiu de Graceland (Memphis, Tennessee) de jatinho particular só para ir até Denver (onde a iguaria foi concebida) comprar 22 sanduíches Ouro de Tolo e voltar.

O sanduíche em si é um atentado ao seu sistema digestivo como um todo. Mas tem gente que encara (eu acho). Vou colocar a receita para os malucos fortes que tiverem coragem.
Se quiser ver em vídeo pode conferir aqui o trecho que explica com fazer:



Sanduíche Ouro de Tolo

Ingredientes:

1 pão italiano
Manteiga
400g de bacon em tiras
1 pote de manteiga de amendoim
1 pote de geleia (a que preferir)

Modo de Preaparo:

Pegue o pão italiano e besunte de manteiga (a parte de cima) e leve ao forno a 180o graus até dourar. Corte o pão no sentido do comprimento e retire o miolo. Preencha com um pote de manteiga de amendoim e um pote de geleia. Coloque as tiras de bacon em um grelha até ficarem crocantes. Coloque-os no recheio do sanduíche e voilà! Está pronto.


quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

A VIDA SECRETA DE WALTER MITTY (BOLO DE TANGERINA)

Um dos filmes mais subestimados de 2013 foi “A Vida Secreta de Walter Mitty”. Dirigido e estrelado por Ben Stiller, o longa é uma produção com uma fotografia incrível, trilha sonora impecável e direção de arte belíssima. Claro que, em se tratando de Ben Stiller, é certo esperar alguma obra exagerada que beire o mau gosto. Mesmo o excelente “Trovão Tropical”, de 2008, tem lá suas cenas desnecessárias por abusar da escatologia. Entretanto, não é o que acontece nesse caso.

O filme é uma grande homenagem ao fotojornalismo e à icônica revista “Life” que encerrou suas publicações em maio do ano 2000. Walter Mitty é responsável por gerenciar os negativos fotográficos da revista. Tímido e sonhador, ele tem uma queda por sua colega de trabalho Cheryl. Com o iminente fechamento da revista, o negativo que seria capa da última edição desaparece e, assim, Walter vê a oportunidade de viver as aventuras que sempre sonhou mas nunca teve chance. Ele vai da Groelândia até o Himalaia, passando pela Islândia e Afeganistão. Ele pula em um helicóptero, luta com um tubarão, foge de um vulcão em erupção e entre outras peripécias.

Por incrível que pareça, este é um remake de um filme de 1947, que foi exibido no Brasil como “O Homem de 8 Vidas”. A história é bem diferente, mantendo somente Walter Mitty como um rapaz sonhador, que trabalha em uma revista e que se envolve em inesperadas e perigosas aventuras. A produção dessa refilmagem estava em desenvolvimento desde meados dos anos noventa. Steven Spielberg, Ron Howard, Jim Carey e Mike Meyers são alguns dos nomes que já foram ligados a esse projeto. Em 2011, Ben Stiller foi escalado para o papel principal assumindo a direção logo depois.

O elenco é um bônus à parte: Sean Penn está perfeitamente escalado como o fotógrafo que é a verdadeira inspiração de Walter. E Shirely MacLaine aparece em um pequeno papel, mas fundamental para a história, como a mãe do nosso protagonista. Ela é a responsável por um delicioso bolo de tangerina que aparece em diversos pontos chaves que influenciam o desenrolar da história. A receita é super simples e você confere o passo a passo aqui embaixo.

Bolo de Tangerina

Base
Ingredientes:
4 tangerinas médias
250g de amêndoas (ou castanha de caju) moídas
1 ½ xícaras de chá de açúcar
1 colher de chá de fermento em pó
6 ovos
Manteiga

Modo de preparo:
Leve as tangerinas ao microondas por 5 minutos em alta potência cobertas com papel filme. Deixe esfriar. Coloque-as inteiras em um processador e triture até formarem uma pasta. Acrescente as amêndoas moídas, o açúcar de confeiteiro, o fermento e os ovos. Bata novamente no processador. Unte com manteiga uma forma desmontável de 20cm e forre o fundo com papel vegetal (isso permite que o bolo fique molhadinho). Despeje a massa no refratário e leve ao forno pré-aquecido a 180ºC durante, mais ou menos, uma hora.

Cobertura
2 xícaras de chá de açúcar de confeiteiro
3 colheres de chá de manteiga
½ xícara de suco de tangerina
Misture tudo até formar um glacê espesso. Quando o bolo estiver fora da fôrma, espalhe o glacê como cobertura

Finalização
1 tangerina cortada em rodelas
1 xícara de açúcar
1 xícara de água

Leve a água e o açúcar ao fogo baixo até o açúcar se dissolver. Acrescente as rodelas de tangerina e deixe cozinhar por vinte minutos. Retire as rodelas da água e reserve até esfriar. Decore o bolo com as rodelas caramelizadas.

A CULPA É DO RISOTO

Uma das maiores bilheterias do ano passado pertence ao aclamado  “A Culpa é das Estrelas”, filme inspirado no livro homônimo de John Green e estrelado pelos jovens talentos Shailene Woodley e Ansel Elgort. Voltado para o público jovem (Young Adult no mercado americano) a campanha de promoção de filme foi case de sucesso comercial, principalmente pelo uso massivo das redes sociais.

Este é o sexto livro de John Green que já tem uma base de fãs bem estabelecida. O desafio de promover o filme foi tirá-lo do reduto de “filme de nicho” e atingir um público exponencialmente maior. Para isso, ferramentas como o Twitter, Facebook, Youtube, Instagram e Tumblr foram largamente exploradas pela equipe de marketing da Twentieth Century Fox. Shailene Woodley, que dá vida à jovem Hazel, também vem a ser a protagonista da série “Divergente”, muito popular no mesmo público. Seu par romântico, Ansel Elgort também está nessa franquia, ou seja, estão quase onipresentes nesse mercado. Resultado: sucesso absoluto de bilheteria.

O livro, publicado em janeiro de 2012, conta a história de dois adolescentes que se conhecem em um grupo de apoio a pacientes que sofrem de câncer. Hazel e Gus se apaixonam e vivem uma linda história de amor irreparalvemente afetada pela doença que os aflige (esta colunista se reserva o direito de avisar que chorou horrores e recomenda a compra de muito lenços se o leitor pretende assistir ao filme).

Em uma passagem da história, o jovem casal viaja à Holanda e vão ao fictício restaurante Oranjee ondem eles experimentam um risoto de cenouras roxas (Dragon Carrot Risotto) acompanhados de champagne Dom Pérignon. Gus (Elgort) assim descreve sua impressão sobre o prato: “Eu gostaria que esse risoto fosse uma pessoa, para eu poder levá-la à Las Vegas e me casar com ela”.

O problema da cenoura roxa é que ela é extremamente difícil de encontrar no Brasil. À título de curiosidade, as cenouras eram originalmente roxas. As cenouras laranjas que consumimos hoje em dia é resultado de uma mutação a partir do cruzamento entre esta e outros dois tipos de cenoura. Se você fizer muita questão de usar a cenoura correta da receita, é possível comprar sementes através do Mercado Livre.

O site “Gastronomismo” tem uma solução interessante para adaptar a receita. Eles usam beterraba para dar a coloração arroxeada que lembra a receita original.
Esta é a minha versão do Risoto de Cenoura Roxa. Aproveitem e bom apetite.

Ingredientes:

2 xícaras de chá de arroz arbóreo
1 cebola bem picadinha
1 dente de alho
3 colheres de sopa de manteiga
Queijo parmesão ralado o quanto baste
Azeite de oliva extra virgem o quanto baste
1 xícara de chá de vinho branco seco
1 litro de caldo de galinha
1 cenoura 
1 beterraba
Sal e pimenta do reino

Modo de preparo:

Descasque a cenoura e a beterraba e corte-as em tirinhas bem finas. Disponha os legumes em uma assadeira e regue com bastante azeite. Adicione sal e pimenta do reino preta moída na hora. Leve para assar em forno a 180 graus por cerca de 30 minutos. Em uma panela grande, coloque o caldo de galinha para ferver e diminua o fogo logo em seguida. Em outra panela, refogue a cebola e o alho na manteiga. Adicione o arroz arbóreo lavado e tempere com sal e pimenta. Adicione o vinho e mexa por uns dez minutos. Vá acrescentando o caldo de galinha pouco a pouco até obter uma consistência cremosa. Entretanto, o grão deve estar al dente (meio durinho ainda). Junte o legumes assados e coloque bastante queijo parmesão ralado. Corrija o tempero, se necessário. Para finalizar, decore com salsinha fresca.



O GRANDE HOTEL BUDAPESTE (COURTESAN AU CHOCOLAT)

A cerimônia de entrega do Globo de Ouro será nesse próximo domingo, dia 18 de janeiro. Para preparar os ânimos, a coluna de hoje é sobre um dos melhores filmes de 2014 e que concorre em quatro categorias: “O Grande Hotel Budapeste”. Dirigido por Wes Anderson, e com Ralph Fiennes em uma performance louvável, o filme surpreende por seu roteiro original, sua fotografia ímpar e atuações sólidas.

O que mais chama atenção é a composição visual do longa que remete o espectador ao cinema típico do início do século XX. É usado um tom caricato bem suave, inspirado em parte no gênero vaudeville e com montagem dinâmica e cômica, como em um desenho animado. Tudo é amarrado numa estrutura bem construída que usa uma narrativa quase literária, abusando de narrações em voice over (quando acompanhamos os pensamentos do personagem), metáforas e outras figuras de linguagem.

Isso não seria possível sem a dedicação de um elenco estelar que conta com titãs como: Tilda Swinton, Adrien Brody, Jude Law, Harvey Keitel e Bill Murray. Soma-se a esse time o supracitado Ralph Fiennes que, com justiça, concorre a um prêmio na categoria de Melhor Ator em Comédia ou Musical.

O iniciante Tony Revolori dá vida ao jovem Zero, protegido do concierge do Grande Hotel Budapeste, Mr. Gustave (Fiennes).  Mentor e discípulo embarcam em uma aventura pitoresca, envolvendo a disputa de uma herança, uma acusação de assassinato e uma guerra mundial.

A confeiteira Agatha, interpretada por Saoirse Ronan, é a namorada de Zero e também cúmplice dos dois trapalhões. Sua criação, o Courtesan au Chocolat, é um doce que é a sensação e uma das marcas do filme. A sobremesa nada mais é que bombinhas recheadas com chocolate e confeitadas com glacê colorido.
A preparação não é necessariamente difícil, entretanto, é bem trabalhosa. O Estúdio Fox Searchlight, que é o responsável pela distribuição do filme, divulgou um curta pelo seu canal oficial no Youtube ensinando a fazer a receita, que você confere aqui.




Como a receita no vídeo está em inglês, você pode conferir o passo a passo traduzido e com as medidas convertidas  logo abaixo. Vale a pena.

Courtesan Au Chocolat

Massa

Ingredientes:
1 xícara de farinha de trigo
1 xícara de água em temperatura ambiente
100g de manteiga
4 ovos levemente batidos
Uma pitada de sal
Uma pitada generosa de açúcar

Modo de Preparo:
Ferva a água com o sal, o açúcar e a manteiga em uma panela. Retire do fogo e, rapidamente, incorpore a farinha peneirada. Retorne ao fogo, por mais alguns minutos, até a massa encorpar. Deixe esfriar por cinco minutos para o calor não cozinhar os ovos. Adicione os ovos batidos com uma colher de pau. Em uma assadeira forrada com papel manteiga, disponha a massa em círculos com o auxílio de um saco de confeiteiro. Faça três bandejas com tamanhos diferentes: grande, médio e pequeno. Deixe assar por meia hora. Lembre-se que as menores assarão mais rápido. Faça um pequeno furo no fundo do bolinho, permitindo que o vapor saia.

Recheio

Ingredientes:
1 ½ xícara de chá de leite integral
200g de chocolate meio amargo
3 gemas
¼ de xícara de chá de açúcar
2 colheres de cacau em pó
1 colher de chá de farinha de trigo
2 colheres de chá de amido de milho

Modo de Preparo:
Em uma panela, aqueça o leite e acrescente o chocolate em pedaços. Deixe derreter. Em um recipiente à parte coloque as gemas, o açúcar, o cacau e o amido de milho. Misture até formar uma mistura consistente. Acrescente metade do leite com chocolate quente no recipiente sempre mexendo. Volte com essa mistura ao fogo, com o resto de leite com chocolate, até engrossar. Retire do fogo e deixe esfriar. Com um saco de confeiteiro recheie os bolinhos.

Decoração

Ingredientes:
1 xícara de açúcar de confeiteiro
Uma colher de café de essência de baunilha
Leite o quanto baste
Corante comestível violeta, verde e rosa

Modo de Preparo:
Misture todos os ingredientes, exceto o corante, até obter uma mistura homogênea e consistente. Separe em três tigelinhas e em cada uma delas adicione diferentes cores de corante comestível. Pegue os bolinhos recheados e mergulhe a parte de cima até o meio no creme colorido: os grandes em violeta, os médios em verde e os pequenos em rosa. Espere secar. Decore com fios de chocolate branco.

Montagem:
Bata manteiga com açúcar de confeito para obter um glacê.Use esse glacê com corante azul para simular uma “cola”. Coloque uma bolinha de glacê em cima do bolinho maior e vá montando em forma de pirâmide. Decore com uma semente de cacau.