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segunda-feira, 11 de maio de 2015

MOORISE KINGDOM É UM DELEITE PARA OS OLHOS E PALADAR

Em 2012, o festival de Cannes iniciou seus trabalhos com a exibição de “Moonrise Kingdom”, do diretor Wes Anderson. A produção exibe uma direção de arte impecável, com detalhes estéticos elaborados na mesma linha de criação de outros trabalhos do diretor. O filme foi indicado ao Oscar de melhor roteiro original em 2013, dividindo os créditos entre Anderson e Roman Coppola (colaborador também de outra obra de Anderson – “Viagem a Darjeeling”).

Os iniciantes Kara Hayward e Jared Gilman dão vida a um casal de adolescentes nas angústias do primeiro amor que floresce nas nuances românticas dessa metáfora da própria adolescência em si. Sam (Gilman) é um órfão de 12 anos com problemas para se adaptar ao seu grupo de escoteiros. Suzy (Hayward) é a filha problema de uma casal de advogados (os sempre ótimos Bill Murray e Frances McDormand) que tem mais três filhos. Juntos, os dois planejam fugir por alguns dias explorando os arredores da ilha onde moram.


Ainda integram o elenco Edward Norton, Bruce Willis, Harvey Keitel e Tilda Swinton. A maior parte deles já trabalhou com Wes Anderson em outros filmes.

Abusando das paisagens naturais da locação em Rhode Island, nos Estados Unidos, Anderson nos provê uma narrativa suave que é pontuada com os elementos de cena (cenário, figurino, maquiagem) abraçando uma estética peculiar e deslumbrante. Em 2014, Anderson aperfeiçoou ainda mais seu estilo com o exuberante “O Grande Hotel Budapeste”.

Nessa aventura, onde os dois jovens apaixonados trilham por matas fechadas e caminhos perigosos, são as habilidades de escoteiro de Sam que garantem a sobrevivência do casal. Suzy, pouco prática, trouxe em sua mala, livros, discos e dúzias de comida de gato (o gatinho também está nessa jornada). Esse fato leva a um dos momentos mais graciosos da trama: Sam, depois de pescar um peixe, sugere dar os restos para alimentar o gato de Suzy, mas a menina recusa afirmando que o felino só se alimenta de comida para gatos. A câmera corta para a imagem de uma pilha de latas  que diz: All Fish (Somente Peixe).

Inspirada por esta cena a receita desse post também é de peixe. Só que ao invés de grelhar o peixe na frigideira, vou usar uma técnica chamada papillote que eu aprendi com a chef Rita Lobo. Confira o passo a passo e bom apetite.



Papillote de peixe branco

Ingredientes:

4 filés de pescada branca com 150 g cada
suco de 1 limão
1 cebola roxa
12 minimilhos
4 colheres (chá) de azeite
sal e pimenta-do-reino a gosto
cebolinha francesa para decorar
papel-manteiga

Modo de Preparo:


Preaqueça o forno a 180ºC (temperatura média).  Num prato grande, tempere os filés de peixe dos dois lados com sal, pimenta-do-reino e o suco de limão. Reserve. Numa tábua, corte os minimilhos em metades, no sentido do comprimento. Descasque a cebola roxa, corte na metade, e as metades em meias-luas bem finas. Corte 4 folhas de papel-manteiga formando retângulos de 30 cm x 40 cm. Disponha 6 metades de minimilho e algumas meias-luas da cebola roxa, formando uma caminha. Coloque 1 filé de peixe sobre a caminha, regue com 1 colher (chá) de azeite. Feche o papel-manteiga: alinhe as pontas e faça uma dobra de dois dedos no sentido do comprimento; faça mais 2 dobras, apertando bem o papel; agora, dobre também as laterais, apertando bem para que o líquido não vaze. Repita o procedimento com os outros filés.  Numa assadeira, disponha os papillotes e leve ao forno preaquecido para assar por 10 minutos. Retire do forno, abra o papel com cuidado para não se queimar e sirva a seguir. Se quiser, decore com cebolinha francesa.