sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

REVIEW - PEGANDO FOGO

“Pegando Fogo”, já em cartaz em todo Brasil, é o filme mais recente do galã Bradley Cooper, famoso por sua participação na franquia “Se Beber Não Case” e nos premiados “Sniper Americano”, “Trapaça” e “O Lado Bom da Vida”. Esses três últimos, inclusive, lhe renderam uma indicação ao Oscar de Melhor Ator em 2013, 2014 e 2015.

Dirigido por John Wells (do ótimo “Álbum de Família”, com Meryl Streep e Julia Roberts), “Pegando Fogo” retrata o ambiente hostil que pode se tornar uma cozinha liderada por um chef extremamente talentoso e igualmente arrogante e babaca. Esse é Adam Jones (Cooper) que passou de potencialmente um dos melhores chefs da França para uma espécie de foragido, pagando uma penitência auto-imposta num exílio quase voluntário.

Depois de estragar sua carreira em Paris, onde o abuso de álcool e drogas combinado com o seu ego gigantesco colocaram tudo a perder, Adam quer voltar a ser grande. Ele vai a Londres com essa missão e lá reencontra diversos fantasmas de seu passado, com feridas abertas e prontos para cobrar a conta. Mesmo assim, depois de coagir uma antigo amigo dos tempos áureos (papel de Daniel Brühl) a lhe ceder a cozinha do restaurante que admistra, Adam ainda recruta a talentosa Helene (Siena Miller) e inciante Max (Sam Keeley) para compor o corpo de cozinheiros do seu mais novo projeto. Ele quer a excelência de receber a terceira estrela do guia Michelin, que desde 1900 pauta com distinção os melhores restaurantes do mundo.

A explicação mais didática que posso oferecer é a usada no próprio filme: se você consegue uma estrela, você é o Luke Skywalker. Duas estrelas, Obi-Wan. Mas se conseguir três estrelas, você é o Yoda. Ou seja, consagração máxima, imortalidade, glória infinita, etc.

“Pegando Fogo” como filme não é exatamente um prodígio. Ao contrário! Seu roteiro é bem feijão com arroz e azeda ao cair em diversos clichês que deixam a trama bem previsível. Entretanto, há que se louvar os esforços de Bradley Cooper em incorporar a violência e insanidade pertinentes ao personagem. Além disso, outro ponto a favor da produção é o esmero em capturar a essência de uma cozinha profissional onde pressão e perfeição são as palavras de ordem em cima de uma caos de egos e talentos. O grande chamariz do filme é essa retratação. O que se passa fora da cozinha, pouco agrega ao filme.

Confira o trailer aqui:



Para quem se interessar em conhecer o guia Michelin, esse é o link oficial para os restaurante brasileiros: http://travel.michelin.com/web/destination/Brazil/restaurants

Confira aqui a lista completa dos restaurantes brasileiros com estrelas Michelin:

Duas estrelas - São Paulo

D.O.M. (Alex Atala)

Uma estrela - São Paulo

Attimo (Jefferson Rueda)
Epice (Alberto Landgraf)
Tuju (Ivan Ralston)
Maní (Helena Rizzo, Daniel Redondo)
Fasano (Luca Gozzani)
Huto (Fábio Honda)
Jun Sakamoto (Jun Sakamoto)
Dalva e Dito (Alex Atala, Luiz Gustavo Galvão)
Kinoshita (Tsuyoshi Murakami)
Kosushi (George Koshoji)

Uma estrela - Rio de Janeiro

Oro (Felipe Bronze)
Le Pré Catelan (Roland Villard)
Roberta Sudbrack (Roberta Sudbrack)
Olympe (Claude Troisgros, Thomas Troisgros)
Mee (Rafael Hidaka)
Lasai (Rafael Costa e Silva)

Bib Gourmand - São Paulo
(restaurantes que oferecem boa relação de qualidade e preço)

Mocotó
Esquina Mocotó
L’Entrecôte de Paris
Tian
Brasserie Victória
Sal Gastronomia
Antonietta Empório
Jiquitaia
Mimo
Ecully
Zena Caffè
Miya
Tartar & Co
Arturito
Casa Santo Antônio
Marcel
La Cocotte

Bib Gourmand - Rio de Janeiro

Lima Restobar
Miam Miam
Entretapas
Oui Oui
Restô
Artigiano
Pomodorino
Cais


quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

"O NATAL DOS COOPERS" E UMA SUGESTÃO DE BOLO PARA SEU NATAL

Toda época de natal, os cinemas recebem algumas produções temáticas. Às vezes boas (Simplesmente Complicado, por exemplo), às vezes infantis (Um Herói de Brinquedo, Os Fantasmas de Scrooge) e às vezes bem mais ou menos, como é o caso de “O Natal dos Coopers”.

O maior atrativo da produção é o elenco recheado de estrelas do time “A” de Hollywood. Diane Keaton é a anfitriã de uma desastrada ceia de natal para sua família desfuncional. Olivia Wilde é a filha problemática, Ed Helms, o filho,  está divorciado e desempregado. A personagem de Keaton ainda está às voltas com o iminente divórcio do marido, vivido por John Goodman.  Sua irmã Emma (Marisa Tomei) acaba sendo presa ao tentar furtar uma joia. E para completar, seu pai (Alan Arkin) está vivendo seu próprio conflito ao descobrir que a garçonete (Amanda Seyfried) por quem nutre uma paixonite, está deixando a cidade.

“O Natal dos Coopers” é um filme clichê, porém inofensivo. Não apresenta uma narrativa interessante a ponto de nos importarmos com os personagens, mas, ao mesmo tempo, é um entretenimento leve que combina como o sentimento de fim de ano e festividades de natal. É bonitinho mas completamente esquecível.

No clima natalino, o Cinema no Prato oferece uma sugestão de bolo para a sobremesa da sua ceia. Dá um trabalhinho, não vou te enganar. E a montagem foi bem complicadinha pra mim. Mas vale a pena, porque, mesmo que não tenha ficado bonito, o sabor é incrível.


Bolo de laranja com recheio de doce de leite

Ingredientes:

3 xícaras de chá de farinha de trigo
2 xícaras de chá de açúcar
4 ovos
200 g de manteiga em temperatura ambiente
1 xícara de chá de laranja espremida (cerca de duas laranjas)
2 colheres de chá de fermento em pó
1 pitada de sal

3 xícaras de chá de farinha de trigo peneirada com uma pitada de sal e duas colheres de chá de fermento em pó
 
200 gramas de manteiga em temperatura ambiente

4 ovos

1 xícara de chá de suco de laranja
Modo de preparo:

Bata a manteiga em uma batedeira até ela adquirir uma aparência esbranquiçada. Adicione o açúcar, aos poucos até ficar um creme liso. Adicione os ovos. Adicione a farinha com o sal e o fermento alternando com o suco de laranja. Despeje a massa em uma forma untada com manteiga e farinha.

Recheio:

Coloque uma lata de leite condensado em uma panela de pressão. Cubra com água e conte 20 minutos depois de começar a sair a pressão.

Cobertura:

Leve quatro claras e 1 1/2 xícara de chá de açúcar ao banho maria até o açúcar se dissolver por completo. Leve a uma batedeira decente (porque a minha é uma porcaria e me fez penar) e bata por 10 minutos até formar um merengue consistente. 






domingo, 6 de dezembro de 2015

NA ESTRADA: ROTEIRO TURÍSTICO DE "UMA LINDA MULHER"

Em março deste ano, o filme “Uma Linda Mulher” completou vinte cinco anos desde o seu lançamento nos cinemas. O filme, que apresentou ao mundo a novata Julia Roberts, emocionou muita gente ao longo de mais de duas décadas.

O filme conta a história de Vivian, uma prostituta que se envolve com o milionário e solitário Edward Lewis sob o acordo de fazer-lhe companhia por uma semana. Mas eles não contavam que esse acordo seria mais do que apenas negócios.

Se você deseja conhecer a Califórnia e passear por lugares que serviram de locação para o filme, confira o guia abaixo.



Regency Beverly Wilshire (A Four Seasons Hotel)
Hotel onde Edward estava hospedado e onde o casal passou grande parte do filme.
Endereço: 9500 Wilshire Boulevard, Beverly Hills, California 90212




Calçada da Fama
Onde Vivian e Kit faziam ponto como prostitutas. Foi numa dessas ocasiões que Vivian conheceu Edward.
Endereço: Hollywood Boulevard


Cicada Restaurant
Onde Edward tem uma tensa reunião de negócios e Vivian se enrola ao tentar comer escargots.
Endereço:  617 S. Olive St. Los Angeles, CA 90014


Boulmiche
Loja onde Vivian tenta comprar roupas, mas é destrata pelas vendedoras.

Endereço: 321 N Beverly Dr, Beverly Hills, CA 90210



quinta-feira, 19 de novembro de 2015

PARCERIAS DE SUCESSO: "UM BOM ANO" E CAVIAR DE BERINJELA

Uma característica muito comum entre os cineastas é repetir, frequentemente, a escalação de determinados atores. Alguns conseguem estabelecer parcerias mais longas que muitos casamentos em Hollywood. Tim Burton e Johnny Depp, Scorsese e Robert de Niro, Scorsese e Leonardo DiCaprio, Christopher Nolan e Michael Caine, Tarantino e Samuel L. Jackson, David Fincher e Brad Pitt, só para listar alguns exemplos de várias duplas de sucesso. Mas a que eu quero mencionar aqui é Ridley Scott e Russell Crowe.

O primeiro trabalho dos dois juntos foi “Gladiador” (2000), que rendeu a Crowe seu primeiro (e único) Oscar e ainda foi premiado em outras quatro categorias (Filme, Figurino, Som e Efeitos Visuais).  Depois de um hiato de seis anos, os dois voltaram a trabalhar juntos em “Um Bom Ano” (2006), “Gângster Americano” (2007), “Rede de Mentiras” (2008)  e “Robin Hood” (2010).

“Um Bom Ano” é a única comédia dirigida por Ridley Scott. Além de Russell Crowe, Marion Cotillard (que logo depois ganharia o Oscar de Melhor Atriz, por “Piaf – Um Hino Ao Amor”) e Abbie Cornish (do remake de “Robocop” de José Padilha) também estão no elenco. O filme é ambientado no sul da França, na região da Provença.

Crowe é Max Skinner, um inglês que trabalha no mercado financeiro. Ao descobrir que seu tio Henry faleceu e ele é seu único herdeiro, Max terá que retornar a Bonnieux, na França, para se desfazer do imóvel do tio e outras coisas. Ele só não contava que ao chegar lá, todas as memórias de sua infância voltam com força total trazendo uma transformação sem retorno na vida de Max.

A produção não foi um grande sucesso de bilheteria, entretanto, não se pode negar que Scott provê uma fotografia ímpar ao filme, abusando das belas paisagens naturais da região. Um filme que desperta todos os nossos sentidos e nos faz querer largar tudo e viver uma vida simples numa cidadezinha como aquela. A região da Provença é famosa por seu vinho rosé, pelas plantações de lavanda e pela culinária típica.

Em uma das cenas do filme, Max e sua prima (Abbie Cornish) são convidados para um legítimo banquete à moda provençal preparados pelo vigneron Duflot, que trabalhava para o tio de Max. No menu do jantar temos: caviar de berinjela, cotovias, cogumelos da região e javali selvagem marinado no vinho tinto.

O caviar de berinjela é bem simples de fazer e é um aperitivo muito comum. Serve-se como pasta acompanhada de pãeszinhos. O prato tem esse nome porque as sementes da berinjela lembram as ovas que formam o caviar. Esta é a minha versão da receita.

Caviar d’aubergine

Ingredientes:

1 berinjela
1 dente de alho
Alecrim e tomilho a gosto
Sal
Azeite
Coentro
200g de creme de leite fresco
Suco de meio limão espremido
Pimenta do reino ralada na hora

Modo de Preparo:

Corte a berinjela no sentido longitudinal.
Faça cortes superficiais cruzados como na foto.


Esfregue um dente de alho na superfície das duas metades.
Em uma metade coloque alecrim e na outra, tomilho.
Regue com azeite e coloque uma pitada de sal.


Com o alho no meio junte as metades da berinjela e enrole em uma folha de papel alumínio.
Leve ao forno à 230 graus por 40 minutos.


Com o auxílio de uma colher raspe a polpa de berinjela.


Em uma tábua de corte, despeje a mistura e com uma faca, dê batidinhas no creme.


Leve ao fogo por cerca de 30 segundos em uma panelinha com azeite.



Retire do fogo e acrescente o coentro e o creme de leite.
Acrescente o limão.
Finalize com pimenta do reino moída na hora e corrija o sal.




terça-feira, 17 de novembro de 2015

A MÁFIA VAI À MESA EM "ALIANÇA DO CRIME"



Depois de investir um período de sua carreira em produções de qualidade duvidosa, Johnny Depp volta renovado em “Aliança do Crime”, já em cartaz em todo Brasil. Na produção, Depp encarna o infame James “Whitey” Bulger, um dos criminosos mais perigosos que o mundo já viu. Acusado de assassinato, extorsão, sequestro, tráfico de drogas, entre outras coisas, Bulger passou mais de quinze anos foragido sendo considerado o segundo homem mais procurado pelo FBI, perdendo apenas para Osama Bin Laden. Bulger foi preso em 2011, em Santa Monica, aos 83 anos.

No filme, podemos ver o processo de ascensão do meliante peixe pequeno a poderoso chefão do tráfico de drogas na região sul de Boston, nos Estados Unidos. E grande parte desse feito envolve uma aliança obscura com o FBI. Até hoje, esse envolvimento de Bulger com o Bureau de Investigação e o Departamento de Justiça americano não está muito claro. Mesmo durante o julgamento de Whitey em 2013, essa ligação não foi 100% esclarecida. É fato que o agente Jonh Donnoly, amigo de infância de Bulger, foi o mediador desse vínculo. Também é fato que Bulger mantinha vários agentes e até promotores em sua lista de pagamentos. Mas a grande questão é: o que Bulger oferecia em troca da vista grossa do FBI para seus crimes? Ele era ou não um informante?

Bulger, em sua ética distorcida, acredita que informantes e alcaguetes são seres da pior espécie e merecem morrer por esse ato. Em seu julgamento, ele não teve problemas em assumir a autoria de crimes hediondos que envolvia tortura e assassinato. Mas no que se refere a ser informante do FBI, a negação é a suma resposta do mafioso.

Criado nas ruas da região conhecida como Southie, em Boston, James e seu irmão Billy (que mais tarde se tornaria senador) , cresceram com grandes laços atrelados a comunidade de descendência irlandesa. Depois de passar uma temporada em Alcatraz, Bulger voltou às ruas de Southie para ‘trabalhar’ para a Winter Hill Gang. Os italianos prosperavam como os grandes senhores do tráfico de drogas no local. O agente John Connoly assumia um posto de confiança no Bureau e tinha como missão extirpar a máfia de lá. Bulger não tinha os meios de se livrar da concorrência italiana, logo, seria muito conveniente ajudar o FBI a fazer seu trabalho de aniquilar a competição.  E assim formava-se essa aliança profana. O que não se sabe é até que ponto um ajudou o outro, mas a consequência foi que muitas vidas se perderam e que Bulger prosperou significativamente neste período.

Em seu retrato de Bulger, Johnny Depp está incrível em uma atuação visceral e hipnotizante, como há muito não se via. O filme é ele. A direção pouco experiente de Scott Cooper (de “Coração Louco”) deixa um pouco a desejar e as comparações com os filmes de Scorsese acabam sendo inevitáveis. Principalmente porque em “Os Infiltrados” (2006), o personagem de Jack Nicholson é vagamente inspirado em Whitey Bulger. Entretanto, a questão que mais atrapalha o filme é o ritmo que, do meio para o fim, se torna um pouco cansativo em comparação ao eletrizante início da trama.

NO PRATO

Eu gosto muito de observar quando os filmes de máfia mostram cenas à mesa. Geralmente são aquelas cenas de alívio que contrasta com toda a tensão que envolve as outras sequências da história. Entretanto, muitas vezes, nem as cenas à mesa escapam de prover aqueles momentos em que temos que segurar a respiração pois não dá para saber o que vai acontecer. Um bom exemplo disso é a famosa cena de Joe Pesci e Ray Liotta em “Os Bons Companheiros” (1990). Confira a cena aqui.



Em “Aliança do Crime”, temos também uma cena desse nível, onde uma receita pode definir o destino de um homem. A cena pode ser conferida neste trailer.




Se a receita (nem tão) secreta de temperar o bife do agente John Morris (David Harbour) leva alho espremido e óleo de soja, confira aqui outras opções para marinar carnes vermelhas em geral.

MARINADAS:

Uma marinada geralmente envolve um líquido ácido (vinho, vinagre), especiarias e ervas. As combinações são infinitas e variam muito de gosto para gosto.

A mais tradicional talvez seja a que leva vinho tinto e o bouquet garni – um apanhado de ervas arómaticas frescas que incluem louro, tomilho e salsa.

As especiarias podem incluir: cominho, pimenta do reino, curry e cardamomo.

Em alguns casos, pode-se incluir um talo de salsão ou de alho-poró.

Normalmente as marinadas são usadas em ensopados e preparos com caldo. Recomenda-se que a carne fique marinado por no mínimo 12 horas na geladeira. 


sábado, 7 de novembro de 2015

MELHORANDO AS BATATAS DE "PERDIDO EM MARTE"

“Perdido Em Marte”, estrelado por Matt Damon e dirigido por Ridley Scott é um excelente filme de ficção científica que definitivamente merece sua atenção.

Mark Watney estava em uma expedição em Marte (num suposto futuro não muito distante)  quando uma iminente tempestade põe em risco não só a missão, mas também a vida dos astronautas.

Durante a evacuação, Mark é atingido por um destroço da base  e fica para trás, presumidamente morto. Entretanto, para a surpresa de sua tripulação, da NASA,  dos Estados Unidos e até do próprio Mark, ele simplesmente sobreviveu. Assim ele deverá manter-se vivo em um planeta inóspito, hostil e, teoricamente, inabitável, até que a próxima missão chegue ao planeta vermelho. O único detalhe é que isso pode levar até quatro anos para acontecer.

Sem muitas delongas, o filme já é um sucesso de bilheteria no Brasil e no mundo. Grande parte desse sucesso deve-se ao carisma de Damon que carrega o filme nas costas. Jessica Chastain e Jeff Daniels também merecem destaque. 

Então vamos para o que interessa e não é spoiler já que isso aprece no trailer: Mark, antes de ser astronauta, é um brilhante botânico. E graças ao improviso, inteligência e um pouco de sorte combinados ao seu conhecimento, ele consegue plantar batatas em Marte.

“Perdido em Marte” é baseado no livro “The Martian”, de Andy Weir, que começou sua distribuição, veja só que curioso, de graça pela internet. Mal sabia ele que viraria um best-seller.

Pegando o gancho nas batatinhas do Matt Damon, segue aqui uma receita de batatas rústicas com ervas que valem muito a pena.

Confira o passo a passo:

Batatas Rústicas Assadas

Ingredientes:

3 batatas
3 ramos de alecrim
4 ramos de tomilho
3 colheres de sopa de azeite
5 dentes de alho com casca
Sal e pimenta-do-reino a gosto

Modo de preparo:


Preaqueça o forno a 200°C. Lave as batatas (sem descascar) e as ervas. Em uma tábua, corte as batatas no sentido do comprimento, até obter vários gominhos.

Transfira os gomos para uma panela, cubra com água e tempere com uma colher de chá de sal. Leve ao fogo alto e deixe cozinhar por uns cinco minutos.

Passe as batatas por um escorredor de macarrão e deixe  a água escorrer por alguns minutos. 

Em uma assadeira antiaderente, disponha as batatas cozidas juntamente com as ervas e os dentes de alho (com a casca). Regue generosamente com azeite. Tempere com sal e pimenta-do-reino a gosto. Depois leve ao forno por vinte minutos.

Retire do forno, vire os pedaços com uma pinça, e deixe por mais vinte minutos.


Está pronto!

terça-feira, 15 de setembro de 2015

A GROSSERIA DA SEQUÊNCIA - FÉRIAS FRUSTRADAS

Em pleno cenário de filmes com histórias requentadas, reboots e remakes, volta e meia Hollywood nos surpreende com algum frescor de originalidade que acabam se tornando felizes exemplos de cases bem-sucedidos. Trazendo a conversa para o gênero da comédia, esse fenômeno já aconteceu algumas vezes nos últimos anos com “O Virgem de Quarenta Anos” (2005), “Se Beber Não Case” (2009), Missão Madrinha de Casamento (2011) e “Ted” (2012). 

Esses exemplos de comédias escrachadas e incorretas, que nos fazem rir dos nossos próprios pudores e convicções, consegue com inteligência romper barreiras estéticas e moralistas. Desse modo, se tornam obras iconoclastas e anárquicas, como a boa comédia de humor negro deve ser.

O que acontece é que, em terra de franquias e sequências (que são quase que uma obrigação), o desafio de se equiparar em qualidade  e originalidade torna-se extremamente difícil. Ainda mais quando se busca inspiração direto de filmes da década de 80. Nada contra os clássicos. Sou uma nostálgica sem cura dos filmes da geração oitentista. O problema é quando se ousa macular obras sagradas no nosso imaginário sentimental como o caso de “Férias Frustradas” (1983), com uma continuação grosseira, de mau gosto, e sem nada de novo para oferecer, Hollywood nos passa um atestado de crise criativa alarmante. 

O novo “Férias Frustradas” (2015), já em cartaz em todo Brasil, traz Ed Helms e Christina Applegate como protagonistas da produção que é ao mesmo tempo remake, sequência e reboot (como consta no site IMDB, o maior portal de dados cinematográficos da internet). Essa obra apela para um humor barato, de piadas fracas que se aproveitam de situações nojentas e de mau gosto como desculpa para arrancar sorrisos de constrangimento.

Não! Não é engraçado nadar em resíduos humanos. Essa escatologia barata já foi usada milhares de vezes em zilhões de outros filmes e muito melhor executadas. E as pessoas ainda riem disso como se fossem uma criança de cinco anos falando xixi e coco. Não. Não é engraçado oferecer carne de vaca para uma vaca comer. É ofensivo. É constrangedor. É repulsivo. E essa piada se repete por TRÊS vezes no filme. Não! Não é engraçado uma longa cena com Cris Hemsworth com um pênis enorme saltando do calção. É baixo, ridículo e preguiçoso. Tudo no filme é forçado e se torna um desastre. Até quando essas comédias cretinas vão usar os mesmos gags de novo, de novo e de novo?


Não é de se admirar que “Ted 2” e “Se Beber Não Case 2” também foram sequências que perderam todo o êxito alcançado nos filmes que os precederam, excluindo a perspicácia e inteligência deixando somente algumas piadas sem nexo e sem noção. O que eu espero de uma comédia, quando vou ao cinema, é simplesmente rir. Nesse caso, só me contorci de vergonha alheia.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

MERYL STREEP EM DOIS TEMPOS COM FRENCH TOAST



Já está em cartaz o drama “Ricki and the Flash: De Volta Para Casa”, estrelado pela diva Meryl Streep e sua filha na vida real Mamie Gummer. Com roteiro de Diablo Cody (de “Juno”  e “Garota Infernal”) e direção de Jonathan Demme (de “Silêncio dos Inocentes”), a produção ainda conta com Kevin Kline no elenco.

Ricki, nascida Linda, está de volta para tentar ajudar sua filha que, depois de uma separação dolorosa do marido, entra em profunda depressão. Pete, o ex-marido vivido por Kevin Kline, sem saber o que fazer, liga para Ricki como última tentativa de tirar a filha do estado letárgico de prostração.

Evidentemente, seus três filhos, sobreviventes do divórcio e da ausência da mãe, mostram pouca receptividade, colocando Ricki na desconfortável posição de uma estranha que está alheia a tudo o que acontece na vida deles. Um está noivo, outro é assumidamente gay e a filha tentou o suicídio. No meio dessa turbulenta dinâmica familiar ainda está Maurren, a atual esposa de Pete e que criou os filhos de Ricki.

Maureen é tudo que Ricki não é, e o contraste entre essas mulheres fica bem evidente no primeiro contato que as duas tem quando Maureen retorna de uma viagem, lá pelo meio do filme. Maureen faz o tipo maternal, racional e que sabe cuidar da família e do lar. Ela prepara uma torrada francesa (traduzida como rabanada) em uma cena harmoniosa de café da manhã que, é claro, faz Ricki se sentir excluída e querer voltar para sua vida na Califórnia.

Ricki se parece um pouco com outro personagem de Meryl - a Joanna Kramer, de “Kramer Versus Kramer”, papel que lhe rendeu o primeiro dos três Oscars de sua carreira. Tanto uma quanto a outra, guardadas as proporções, são desafiadas em seu papel como mãe/esposa e decidem partir.

Na produção de 1979, dirigida por Robert Benton, o personagem de Dustin Hoffman, depois de ser abandonado pela esposa, é forçado a se dedicar às funções de pai (que há muito ele negligenciava) e de mãe do pequeno Billy. Um dos momentos que melhor traduz a evolução do relacionamento entre pai e filho também envolve o preparo de torradas francesas

Primeiro, ainda sobre o baque da partida de Joanna, Ted (Hoffman) está todo atrapalhado e quase põe fogo na cozinha. Meses depois, quando a rotina já está de volta ao normal mas uma decisão judicial exige que tudo mude, a torrada aparece novamente coroando uma das cenas mais tocantes da película.

Veja o trailer de "Ricki and the Flash: De Volta Para Casa" aqui.

Em homenagem a esses dois filmes, aqui está o passo a passo para o preparo de torradas francesas.


FRENCH TOAST

Ingredientes:

2 ovos

4 fatias de pão de forma

1 colher de sopa de leite

Manteiga

Modo de Preparo:

Derreta um pouco de manteiga em uma frigideira. Em uma tigela, bata os ovos com o leite. Molhe as fatias de pão com essa misture e depois doure na frigideira quente.