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terça-feira, 17 de novembro de 2015

A MÁFIA VAI À MESA EM "ALIANÇA DO CRIME"



Depois de investir um período de sua carreira em produções de qualidade duvidosa, Johnny Depp volta renovado em “Aliança do Crime”, já em cartaz em todo Brasil. Na produção, Depp encarna o infame James “Whitey” Bulger, um dos criminosos mais perigosos que o mundo já viu. Acusado de assassinato, extorsão, sequestro, tráfico de drogas, entre outras coisas, Bulger passou mais de quinze anos foragido sendo considerado o segundo homem mais procurado pelo FBI, perdendo apenas para Osama Bin Laden. Bulger foi preso em 2011, em Santa Monica, aos 83 anos.

No filme, podemos ver o processo de ascensão do meliante peixe pequeno a poderoso chefão do tráfico de drogas na região sul de Boston, nos Estados Unidos. E grande parte desse feito envolve uma aliança obscura com o FBI. Até hoje, esse envolvimento de Bulger com o Bureau de Investigação e o Departamento de Justiça americano não está muito claro. Mesmo durante o julgamento de Whitey em 2013, essa ligação não foi 100% esclarecida. É fato que o agente Jonh Donnoly, amigo de infância de Bulger, foi o mediador desse vínculo. Também é fato que Bulger mantinha vários agentes e até promotores em sua lista de pagamentos. Mas a grande questão é: o que Bulger oferecia em troca da vista grossa do FBI para seus crimes? Ele era ou não um informante?

Bulger, em sua ética distorcida, acredita que informantes e alcaguetes são seres da pior espécie e merecem morrer por esse ato. Em seu julgamento, ele não teve problemas em assumir a autoria de crimes hediondos que envolvia tortura e assassinato. Mas no que se refere a ser informante do FBI, a negação é a suma resposta do mafioso.

Criado nas ruas da região conhecida como Southie, em Boston, James e seu irmão Billy (que mais tarde se tornaria senador) , cresceram com grandes laços atrelados a comunidade de descendência irlandesa. Depois de passar uma temporada em Alcatraz, Bulger voltou às ruas de Southie para ‘trabalhar’ para a Winter Hill Gang. Os italianos prosperavam como os grandes senhores do tráfico de drogas no local. O agente John Connoly assumia um posto de confiança no Bureau e tinha como missão extirpar a máfia de lá. Bulger não tinha os meios de se livrar da concorrência italiana, logo, seria muito conveniente ajudar o FBI a fazer seu trabalho de aniquilar a competição.  E assim formava-se essa aliança profana. O que não se sabe é até que ponto um ajudou o outro, mas a consequência foi que muitas vidas se perderam e que Bulger prosperou significativamente neste período.

Em seu retrato de Bulger, Johnny Depp está incrível em uma atuação visceral e hipnotizante, como há muito não se via. O filme é ele. A direção pouco experiente de Scott Cooper (de “Coração Louco”) deixa um pouco a desejar e as comparações com os filmes de Scorsese acabam sendo inevitáveis. Principalmente porque em “Os Infiltrados” (2006), o personagem de Jack Nicholson é vagamente inspirado em Whitey Bulger. Entretanto, a questão que mais atrapalha o filme é o ritmo que, do meio para o fim, se torna um pouco cansativo em comparação ao eletrizante início da trama.

NO PRATO

Eu gosto muito de observar quando os filmes de máfia mostram cenas à mesa. Geralmente são aquelas cenas de alívio que contrasta com toda a tensão que envolve as outras sequências da história. Entretanto, muitas vezes, nem as cenas à mesa escapam de prover aqueles momentos em que temos que segurar a respiração pois não dá para saber o que vai acontecer. Um bom exemplo disso é a famosa cena de Joe Pesci e Ray Liotta em “Os Bons Companheiros” (1990). Confira a cena aqui.



Em “Aliança do Crime”, temos também uma cena desse nível, onde uma receita pode definir o destino de um homem. A cena pode ser conferida neste trailer.




Se a receita (nem tão) secreta de temperar o bife do agente John Morris (David Harbour) leva alho espremido e óleo de soja, confira aqui outras opções para marinar carnes vermelhas em geral.

MARINADAS:

Uma marinada geralmente envolve um líquido ácido (vinho, vinagre), especiarias e ervas. As combinações são infinitas e variam muito de gosto para gosto.

A mais tradicional talvez seja a que leva vinho tinto e o bouquet garni – um apanhado de ervas arómaticas frescas que incluem louro, tomilho e salsa.

As especiarias podem incluir: cominho, pimenta do reino, curry e cardamomo.

Em alguns casos, pode-se incluir um talo de salsão ou de alho-poró.

Normalmente as marinadas são usadas em ensopados e preparos com caldo. Recomenda-se que a carne fique marinado por no mínimo 12 horas na geladeira. 


domingo, 12 de maio de 2013

O TEMPERO DA VIDA

O filme grego "O Tempero da Vida", de 2003, é um drama centrado em vários elementos da cultura mediterrânea. O filme se passa na Turquia e na Grécia, e conta a vida do menino Fanis, de origem grega e criado em Istambul. Ele aprende com seu avô tudo sobre temperos e condimentos. Nessa época, também, ele se apaixona pela menina Saime, que será o seu amor pela vida inteira.

Por motivos políticos, Fanis e sua família são deportados de volta para a Grécia, fazendo com que ele se separe do seu querido avô e de sua amada. Mas Fanis nunca deixa de lado seu amor pela culinária (o que traz diversos problemas para ele). 35 anos depois, ele volta a Turquia e descobre que, na verdade, foi a vida dele que recebeu menos "tempero".

Ervas, temperos e condimentos são essenciais na culinária mediterrânea. Essas especiarias dão cor a sabor a pratos de uma forma única. Os mais representativos são:

Canela:  Planta originária do Ceilão, que foi introduzida na Europa pelos navegantes fenícios. Fornece sua casca, para ser comercializada em rama ou em pó para polvilhar bolos, biscoitos, bananas cozidas ou assadas, no arroz-doce e em rama no vinho quente e em compotas e caldas.

Cominho: Semente amarelada marrom, originária do oriente e cultivada no Egito. Use-o em molhos para carne e peixe, legumes, ovos e queijo. Utilizado na carne assada, cozida ou de panela. Vai bem até no feijão. Sementes moídas são muito usadas para o tempero de picles. 

Noz-Moscada: O melhor é ter a semente guardada em vidro e ralar na hora: conserva mais o aroma e o sabor. Mais usada em bolos, doces, sobremesas, não só na massa, como um pouquinho polvilhada em cima, no caso de cremes feitos em banho-maria. Ideal para temperos de carnes, ou qualquer receita de carne moída. 

Orégano: Vai muito bem também em carnes, molhos para bifes, saladas (tomates, cebola em rodelas, óleo, vinagre, sal, pimenta-do-reino e, lógico, o próprio orégano). Pode ser usado seco ou fresco.  

(a fonte das definições dos temperos é o site das Casas Pedro, ideal para adquirir esse tipo de produto)

Quem quiser saber mais sobre esse universo, recomendo o livro "Ervas, Temperos e Condimentos de A a Z" da Rosa Nepomuceno. É uma excelente publicação sobre o assunto.