Em 2012, o festival de Cannes
iniciou seus trabalhos com a exibição de “Moonrise Kingdom”, do diretor Wes
Anderson. A produção exibe uma direção de arte impecável, com detalhes
estéticos elaborados na mesma linha de criação de outros trabalhos do diretor.
O filme foi indicado ao Oscar de melhor roteiro original em 2013, dividindo os
créditos entre Anderson e Roman Coppola (colaborador também de outra obra de
Anderson – “Viagem a Darjeeling”).
Os iniciantes Kara Hayward e
Jared Gilman dão vida a um casal de adolescentes nas angústias do primeiro amor
que floresce nas nuances românticas dessa metáfora da própria adolescência em
si. Sam (Gilman) é um órfão de 12 anos com problemas para se adaptar ao seu
grupo de escoteiros. Suzy (Hayward) é a filha problema de uma casal de
advogados (os sempre ótimos Bill Murray e Frances McDormand) que tem mais três
filhos. Juntos, os dois planejam fugir por alguns dias explorando os arredores
da ilha onde moram.
Ainda integram o elenco Edward
Norton, Bruce Willis, Harvey Keitel e Tilda Swinton. A maior parte deles já
trabalhou com Wes Anderson em outros filmes.
Abusando das paisagens naturais
da locação em Rhode Island, nos Estados Unidos, Anderson nos provê uma
narrativa suave que é pontuada com os elementos de cena (cenário, figurino,
maquiagem) abraçando uma estética peculiar e deslumbrante. Em 2014, Anderson
aperfeiçoou ainda mais seu estilo com o exuberante “O Grande Hotel Budapeste”.
Nessa aventura, onde os dois
jovens apaixonados trilham por matas fechadas e caminhos perigosos, são as
habilidades de escoteiro de Sam que garantem a sobrevivência do casal. Suzy,
pouco prática, trouxe em sua mala, livros, discos e dúzias de comida de gato (o
gatinho também está nessa jornada). Esse fato leva a um dos momentos mais
graciosos da trama: Sam, depois de pescar um peixe, sugere dar os restos para
alimentar o gato de Suzy, mas a menina recusa afirmando que o felino só se
alimenta de comida para gatos. A câmera corta para a imagem de uma pilha de
latas que diz: All Fish (Somente Peixe).
Inspirada por esta cena a receita
desse post também é de peixe. Só que ao invés de grelhar o peixe na frigideira,
vou usar uma técnica chamada papillote que eu aprendi com a chef Rita Lobo. Confira
o passo a passo e bom apetite.
Papillote de peixe branco
Ingredientes:
4 filés de pescada branca com 150
g cada
suco de 1 limão
1 cebola roxa
12 minimilhos
4 colheres (chá) de azeite
sal e pimenta-do-reino a gosto
cebolinha francesa para decorar
papel-manteiga
Modo de Preparo:
Preaqueça o forno a 180ºC
(temperatura média). Num prato grande,
tempere os filés de peixe dos dois lados com sal, pimenta-do-reino e o suco de
limão. Reserve. Numa tábua, corte os minimilhos em metades, no sentido do
comprimento. Descasque a cebola roxa, corte na metade, e as metades em
meias-luas bem finas. Corte 4 folhas de papel-manteiga formando retângulos de
30 cm x 40 cm. Disponha 6 metades de minimilho e algumas meias-luas da cebola
roxa, formando uma caminha. Coloque 1 filé de peixe sobre a caminha, regue com
1 colher (chá) de azeite. Feche o papel-manteiga: alinhe as pontas e faça uma
dobra de dois dedos no sentido do comprimento; faça mais 2 dobras, apertando
bem o papel; agora, dobre também as laterais, apertando bem para que o líquido
não vaze. Repita o procedimento com os outros filés. Numa assadeira, disponha os papillotes e leve
ao forno preaquecido para assar por 10 minutos. Retire do forno, abra o papel
com cuidado para não se queimar e sirva a seguir. Se quiser, decore com
cebolinha francesa.
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