Sofia Coppola nasceu em berço de
ouro com sobrenome de peso. Filha do diretor Francis Ford Coppola, Sofia seguiu
os passos do pai abrançando a carreira de cineasta, se tornando a primeira
mulher na história a ser indicada ao Oscar de Melhor Direção por “Encontros e
Desencontros” (2003). Ela não levou de direção, mas carregou o de melhor
roteiro original pelo mesmo filme.
Queridinha no mundo hipster,
Sofia é conhecida por filmes lentos com personagens complexos e solitários que
marcam toda a sua curta filmografia. O primeiro grande trabalho foi a adaptação
do livro “Virgens Suicidas” que chegou às telas 1999 com boa recepção de
público e crítica. “Encontros e Desencontros”, “Maria Antonieta”, “Em um Lugar
Qualquer” e “Bling Ring: A Gangue de Hollywood” completam os outros destaques
de sua carreira.
Mas nem tudo são flores na vida da
diretora. Apesar de ter se consagrado como uma grande diretora aos trinta e
poucos anos, Sofia faz parte do seleto grupo de personalidades que foram
agraciados com o prêmio máximo do cinema – o Oscar e o prêmio “mínimo”, por
assim dizer – Framboesa de Ouro (Razzie Awards). Isso por conta de sua pífia
atuação no filme do papai, “O Poderoso Chefão III”, onde interpretou Mary
Corleone, filha do chefão Michael Corleone (Al Pacino).
Foi com essa performance que
Sofia entrou na minha lista negra com escala de ódio nível máximo. Mas, depois
de anos torcendo o nariz para a moça e o nepotismo que fez dela quem ela é,
confesso que dei o braço a torcer. “Encontros e Desencontros” é, além de um
filme, um ensaio sobre o isolamento contemporâneo que acompanha a sociedade
multiconectada e extremamente vazia e superficial. “Amor Sem Escalas”
(2009), “Medianeras: Buenos Aires da Era
do Amor Virtual” (2011) e “Ela” (2013) são outros exemplos de bons filmes que
exploram com maestria o mal desse século – a solidão.
Por acaso, “Ela” foi dirigido por
Spike Jonze, ex-marido de Sofia. Os dois foram casados entre 1999 e 2003 e
rumores de um caso com Cameron Diaz (que trabalhou com Jonze em “Quero Ser John
Malckovich” em 1999) foi supostamente a causa da separação. Para aumentar a
névoa de fofoca, os personagens de Anna Faris e Giovanni Ribsi, em “Encontros e
Desencontros” seriam “inspirados” em Diaz e Jonze. Recentemente, um vídeo foi
publicado na internet com uma edição curiosa que contrasta cenas bem similares
entre as duas obras. Chega a ser irônico como as produções dos ex-casal se
parecem apesar de ter dez anos de diferença entre o lançamento de um e do
outro. Para aumentar as coincidências, Scarlett Johansson é a protagonista de
“Encontros e Desencontros” e a voz de Samantha em “Ela”.
“Encontros e Desencontros” foi
quase inteiramente filmado no Japão com locações em hotéis, restaurantes e
clubes noturnos verdadeiros. Um dos destaques é o restaurante Ichikan,
localizado na área de Daikanyama, próximo do distrito de Shibuya. Lá os personagens
de Scarlett Johansson e Bill Murray dividem um sushi. Como a receita de sushi já apareceu no post sobre "Kill Bill", a receita de hoje é uma maionese de wasabi.
Maionese de wasabi:
Ingredientes:
2 gemas de ovo
1 colher (sopa) de mostarda
900ml de óleo
25ml de azeite
Sal e pimenta-do-reino a gosto
Suco de 2 limões
2 colheres (sopa) de wasabi em pó
Água
Modo de preparo:
Em uma batedeira, bata os ovos com a mostarda e quando se tornar uma mistura homogênea, acrescente o óleo aos poucos.
Quando chegar à consistência de maionese, coloque azeite, sal e pimenta e o suco de limão. Reserve.
Dissolva com água o wasabi em pó e deixe em consistência cremosa.
Coloque duas colheres de maionese e misture para a mistura ganhar consistência e, em seguida, coloque toda a mistura na batedeira e volte a mexer tudo.
Deixe por mais de três dias na geladeira.