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terça-feira, 19 de janeiro de 2016

OS OITO ODIADOS E O GUISADO DE FRANGO



Oitavo filme de Quentin Tarantino, “Os Oito Odiados” marca a segunda incursão do diretor n o gênero faroeste (A outra foi com “Django Livre”, em 2012). Estrelado por um elenco repleto de artistas to time A de Hollywood (Samuel L. Jackson, Channing Tatum, Kurt Russell, etc), o filme  é uma verdadeira ópera que abraça a tragédia sem perder a comicidade perversa tão comum ao estilo tarantinesco.


Em meio a uma severa tempestade de neve, os caçadores de recompensa John Ruth e Marquis Warren se encontram seguindo para a mesma cidade, Red Rock, onde devem entregar os frutos de suas caçadas, sendo que no caso de Ruth, sua criminosa ainda está viva (a insana Daisy Domergue, interpretada brilhantemente por Jannifer Jason Leigh). Ainda no caminho, o grupo ainda dá carona ao perdido xerife Chris Mannix, que também tem como destino a cidade de Red Rok. Como a tempestade só faz aumentar, os três são obrigados a pernoitar em uma especie de estalagem, juntamente com seu concheiro. Lá ainda se encontram Oswaldo Mobray (Tim Roth), Joe Gabe (Michael Madsen), General Sandy Smithers (Bruce Dern) e o mexicano Bob (Demián Bichir). Presos nesse confinamento forçado, obviamente esses homens de temperamento explosivo vão se estranhar. E como vão.


Tarantino não se faz de rogado ao ‘homenagear’direta ou indiretamente “Cães de Aluguel” (1992), seu primeiro trabalho como diretor, e o terror B transformado em cult “Enigma do Outro Mundo”(1982). Por coincidência (ou não, como diria Caetano Veloso), “Enigma”é estrelado por Kurt Russell, que também protagoniza este filme.

“Os Oito Odiados” é um filme que preza por um primor técnico com direção, edição e fotografia perfeitamente realizadas. Talvez um corte menor (o filme tem mais de três horas de duração) fosse mais adequado para se adequar a um segmento mais comercial. Mas aí não seria Tarantino, não é mesmo? O diretor pertence aquele grupo conhecido como auter, onde seus filme são obras mais pessoais e menos fórmulas de estúdio.

Em diversas entrevistas, Tarantino afirmou que depois de completar seu décimo filme, iria parar de escrever para o cinema. O caminho literário seria o mais provável, afirma o cineasta. De fato, se pararmos para analisar suas últimas obras (“Django Livre” e “Bastardos Inglórios”), poderemos perceber que as suas narrativas se equiparam muito mais ao plano literário do que cinematográfico. E não ;e diferente com “Os Oito Odiados”.


Além de um ótimo roteiro (apesar de não ser o melhor de Tarantino), a produção ainda conta com o brilho de seu elenco. Mesmo com Tim Roth mimetizando os maneirismos de Christoph Waltz, sua presença marca um bem-vindo encontro entre o ator e o diretor desde “Pulp Fiction: Tempo de Violência” (1994). “Os Oito Odiados” está concorrendo em três categorias ao Oscar de 2016 (Atriz Coadjuvante, Fotografia e Trilha Sonora Original) e já está em cartaz em todo país.

NO PRATO

No meio do clima de suspense e desconfiança que marcam a história, um guisado de frango aquece os estômagos famintos de nossos personagens. Guisado nada mais que um refogado. No filme, o ensapado que eles comem leva muito caldo, quase como uma sopa. Na minha versão, o molho foi bem reduzido e servido com macarrão como acompanhamento.
Aprenda aqui uma receita clássica do prato.

ENSOPADO DE FRANGO
*Receita adaptada da chef Rita Lobo

Ingredientes:

1 bandeja de sobrecoxas de frango
1 colher (sopa) de vinagre de vinho branco
1/2 cebola picada
2 dentes de alho picados
1 lata de tomate italiano sem pele
1 colher (sopa) de azeite
1 xícara (chá) de vinho branco
1 xícara (chá) de água
tomilho fresco a gosto
manjericão

Modo de Preparo:

Lave bem os pedaços de frango sob água corrente. Transfira-os para um escorredor. Numa tigela, junte o frango e o vinagre e deixe marinar. Reserve.
No liquidificador, triture o tomate italiano sem pele com o suco da lata.Leve uma panela média com o azeite ao fogo baixo. Quando esquentar, acrescente a cebola picada e o alho-poró em fatias. Tempere com uma pitada de sal e refogue por 4 minutos. Junte o alho e refogue por mais 2 minutos.
Aumente o fogo e coloque os pedaços de frango. Quando começarem a dourar, regue com o vinho branco e deixe cozinhar em fogo alto por 5 minutos até que 2/3 do líquido tenham evaporado.
Acrescente o tomate triturado e misture bem. Adicione a água, o manjericão e o tomilho. Quando ferver, abaixe o fogo e deixe cozinhar por 25 minutos com a tampa entreaberta. Sirva com o macarrão da sua preferência.


terça-feira, 22 de outubro de 2013

TARANTINO’S FOOD – PARTE IV


“Django Livre” é um filme tão complexo e com tantos temas e aspectos para abordar que seria preciso redigir um ensaio para fazer jus ao seu valor. Mas o tema que se sobressai é a liberdade. Temos a saga de homem para resgatar a mulher amada. Há também a parceria de um branco letrado com um escravo recém-liberto para caçar bandidos em troca de dinheiro. Além disso, temos a brutalidade inescrupulosa de um vilão sanguinário e um negro que odeia negros. E tem aquele lance de escravidão e racismo também rs.

Quem assistiu “Titanic” nos cinemas, como eu, nunca imaginaria que o Leonardo DiCaprio pudesse interpretar um personagem tão grandiosamente cruel como o Calvie Candy. Nas mãos de Tarantino, o galã bonitinho Jack Dawson se esvai como uma lembrança muito distante.

Jamie Foxx dá um tempo em seus filmes ruins de ação e comparece com uma bela atuação. Christoph Waltz, genial como sempre, dá aquele brilho em seu personagem. E Samuel L. Jackson rouba a cena com seu capataz que não mostra misericórdia aos seus iguais.

Tarantino recria aquele clima dos antigos westerns com muita competência e adiciona litros e litros de sangue. Mas, à parte desta faceta violenta do filme, há diálogos profundos e extremamente inteligentes. Destaque para a cena da KKK: impagável.

No clímax do filme, na cena mais tensa, o cenário é uma mesa de jantar. Entre a refeição e a sobremesa tudo pode acontecer. E para não estragar a surpresa de quem não viu o filme não vou falar mais nada. Somente que, a sobremesa no caso, é um delicioso bolo branco que vamos reproduzir aqui.

Bolo Branco

Ingredientes:

2 xícaras de chá de açúcar
2 colheres de sopa de manteiga
1 xícara de leite
2 ½ xícaras de chá de farinha de trigo
1 colher de fermento em pó
5 claras em neve
Casca ralada de 1 limão




Modo de Preparo:

Bata o açúcar com a manteiga. Adicione alternadamente o leite, a farinha de trigo e o fermento. Acrescente delicadamente as claras batidas em neve e as raspas de limão. Despeje em uma forma untada e polvilhada com farinha de trigo. Leve ao forno médio.




Cobertura
½  xícara de manteiga
1 ½ xícaras de chá de açúcar de confeiteiro
Uma pitada de sal
1 colher de café de essência de baunilha
4 colheres de sopa de leite


Bata a manteiga com o açúcar. Acrescente a baunilha, o sal e o leite. Se quiser que a consistência fique mais firme, adicione mais açúcar.


quarta-feira, 25 de setembro de 2013

TARANTINO'S FOOD - PARTE II


Vingança. Sentimento que consegue despertar o pior das pessoas. Tem que ser frio. Não ter piedade. Nem compaixão. Nem a capacidade de perdoar. Este é o retrato da alma da Noiva Beatrix Kiddo.

Quentin Tarantino em sua mente brilhante criou um verdadeiro ensaio sobre o tema, fundindo zilhões de referências a diversos gêneros do cinema. Nos dois volumes de “Kill Bill”, Tarantino se vale de três vértices: o Japão representado por Hatori Hanzo; a China representada por Pai Mei e os Estados Unidos representado por Bill.

A estética dos filmes antigos japoneses e os westerns spaguetti foram a escola de cinema de Quentin. E essa combinação improvável toma forma na saga da Noiva, interpretada por Uma Thurman.

Em sua jornada para cumprir o voto de tirar a vida daqueles que a espancaram até ficar em coma no dia de seu casamento enquanto estava grávida, a Noiva precisa se preparar. E para executar seu plano é necessário "aço japonês". O único homem capaz de prover o que ela precisa é o homem de Okinawa. O dono de um aparentemente simples restaurante de sushi que esconde um segredo. Por trás dessa fachada simplória está um mestre da arte de produzir katanas. O grande Hatori Hanzo. E só uma espada Hatori Hanzo pode realizar o desejo da Noiva.

Veja a cena:




Okinawa é uma região conhecida por não oferecer sushis de boa qualidade, o que dá a Hanzo um bom esconderijo depois que ele jura nunca mais fabricar instrumentos que machuquem outras pessoas. E para fazer uma justa homenagem ao mestre Hanzo, vamos preparar um sushi de salmão.


Ingredientes:

1 xícara de chá de arroz tipo 1, do subgrupo polido.
5 xícaras de chá de água
1/2 xícara de chá de vinagre de arroz
1/2 de xícara de chá de açúcar
1 colher de sopa de sal
1 colher de café de saquê


Modo de Preparo:

Lave o arroz por cinco vezes antes de levar ao fogo.


Deixe por 20 minutos em fogo médio e, em seguida, 15 minutos em fogo baixo. O ideal é usar uma panela antiaderente. Eu não usei e foi mais complicado controlar o cozimento do arroz. Reserve. 

Em uma panela, junte o vinagre, o açúcar, o sal e o saquê. Deixe ferver por um minuto. 


Misture-o no caldo ao arroz. O corte do peixe deve ser feito no ângulo de 45º. 


Para enrolar o arroz, com mais facilidade, molhe sempre as mãos com água gelada e um pouquinho de vinagre. O ideal é que o arroz esteja completamente frio quando for enrolar. 





domingo, 22 de setembro de 2013

TARANTINO'S FOOD - PARTE I


Quentin Tarantino é o tipo de cineasta que podemos chamar de completo. Ele realmente percebe a realização de um filme como um todo. Do roteiro à produção, da escolha do elenco à direção, tudo esta claro na cabeça desse cara genial. Seus filmes são notáveis por seus roteiros com diálogos memoráveis e atuações de tirar o fôlego. Vários atores têm muito a agradecer a Tarantino, pois ele consegue extrair o melhor do que eles tem a oferecer.

Suas teorias sobre cultura pop, misturadas a um sarcasmo afiado e uma visão crítica da sociedade, permitem à obra de Tarantino um feito que poucos conseguem: entreter sem alienar.

Em "Bastardos Inglórios", Tarantino se deu a liberdade de reescrever a história. Um dos seus melhores filmes, "Bastardos" virou um clássico quase que automaticamente com sua violência crua e seus diálogos atordoantes. Há cenas longas baseadas em nada mais que tensão e diálogo que nas mão de outro de diretor poderiam se tornar arrastadas e enfadonhas. Não com Tarantino, que prende o espectador com maestria.

Christopher Waltz foi uma grata revelação que já ganhou dois Oscars por seus trabalhos com Tarantino. Ele dá vida ao Coronel Hans Landa, o caçador de judeus, que aterroriza sem precisar erguer o tom de voz. Inteligentíssimo, um incrível detetive que recebe a missão de encontrar judeus na França ocupada pelo regime nazista. O Tenente Aldo Raine, interpretado por Brad Pitt, é a contrapartida unindo todo o nosso repúdio ao holocausto a uma vingança cruel que nos passa uma sensação de justiça, mesmo sendo ela fictícia.

Esses dois personagens chave, tão únicos e interessantes, só se encontram na parte final do longa. A ansiedade é grande para o confronto e Tarantino não deixa a desejar tornando o evento épico e mudando o rumo da história.

O filme ainda tem um história paralela entre a judia disfarçada Shosanna e um oficial alemão, que na minha opinião é a parte mais sacal do filme. Entretanto, há uma cena entre Hans Landa, Shoshanna e um strudel que é formidável. Veja abaixo:


Aprenda a fazer um delicioso strudel de maçã seguindo a receita abaixo!

Ingredientes:

5 maçãs
200g de nozes picadas
150g de passas tipo moscatel
100g de farinha de rosca
250g de manteiga
1/2 xícara de chá de água morna
1 pitada de sal
300g de açúcar
1 colher de sopa de canela em pó
1 ovo
açúcar de confeiteiro para a decorar

Modo de Preparo:


Misture a farinha de trigo com o sal, uma colher de sopa de manteiga, a água morna e o ovo. trabalhe a massa até que ela não grude mais nos dedos. Cubra a massa com um pano e depois com a própria tigela de preparo para que repouse em ambiente abafado. 


Descasque e pique as maças em quadradinhos. Adiciona a canela e o açúcar. Reserve.


Unte o fundo de uma assadeira e derreta o resto da manteiga em banho-maria.

Abra a massa com um rolo (se não tiver, use uma garrafa). Deixe bem fininha. Coloque-a em cima de um pano de prato.


Com a ponta dos dedos, puxe delicadamente a massa para ficar mais fina. Procure deixá-la em um formato retangular.


Espalhe a mistura de maçã sobre a massa e adicione a farinha de rosca, as passas e as nozes. Coloque por cima grande parte da manteiga deixando só um restinho para o final.


Enrole como se fosse um rocambole com o auxílio do pano. Coloque na assadeira e pincele com o resto da manteiga. Leve ao forno por 30 minutos em temperatura média. Depois de pronto polvilhe açúcar de confeiteiro. Sirva com chantili