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terça-feira, 14 de maio de 2013

MEIA NOITE EM PARIS

Com um dos roteiros mais interessantes já visto, o filme "Meia Noite Em Paris" traz Woody Allen em sua melhor forma. Paris, por si só, é um excelente chamariz para locação e Woody consegue resgatar a magia dessa cidade na década de 20 e ainda imprimir sua marca de originalidade de forma brilhante.

Gil (Owen Wilson) é um roteirista de cinema, frustrado com a indústria, que quer se tornar um romancista. Ele está em Paris com a família de sua noiva um pouco antes da grande data. Entretanto, essa viagem mudará sua vida para sempre. Acontece que, quando dá meia noite, Gil é magicamente transportado para a Paris da década de 20. Lá, ele encontra figuras como F. Scott Fitzgerald, Ernest Hemingway, Cole Porter, Gertrude Stein, Pablo Picasso, entre outros.

Todo o glamour dessa época é reconstruído de forma muito graciosa e, com sucesso, consegue inserir o espectador nesse ambiente.

Eu acho muito interessante como Woody, há mais de quarenta anos, consegue fazer filmes maravilhosos, sempre com o mesmo personagem: ele mesmo. Um cara inseguro, cheio de manias e teorias, com um terrível medo da morte que sempre se envolve com mulheres malucas. São poucos os filmes de Woody que não tem esse auto retrato caricato. Não que isso seja ruim. Me diverti muito com Woody do Owen Wilson. Na verdade, considero isso um feito, uma proeza.

Depois de assistir várias obras de um determinado diretor/roteirista, é bem legal perceber suas marcas registradas e onde ele costuma se repetir.

Em "Celebridade", o personagem de Keneth Branagah se envolve com Nola (Winona Ryder) que é uma atriz neurótica sobre seu corpo, seus relacionamentos e sua maneira de atuar. É impulsiva e imatura.

Nola aparece de novo em "Match Point" (2005), com a presença e talento de Scarlett Johansson. É exatamente o mesmo personagem.

Em "Igual a Tudo na Vida" (2003), Christina Ricci é a escolhida da vez para fazer essa personagem que dessa vez chama-se Amanda. Mas tem as mesmas características.

E o melhor exemplo é a Annie, de Diane Keaton, em "Annie Hall" (1977). Ela sumariza todas as particularidades naturais dessa tipo de musa que Allen inventou.

Voltando à "Meia Noite Em Paris", como ilustração desta época, vou postar uma receita de um charmoso coquetel criado nesta época: o Sidecar.

Ingredientes:

2 Partes de Conhaque
¾ Parte de Suco de lima-da-pérsia
¾ Parte de Triple Sec (licor com sabor de laranja)
1 Casca de limão em espiral

Modo de Preparo:


Encher uma coqueteleira com cubos de gelo. Adicionar todos os ingredientes. Agitar e coar em uma taça de coquetel resfriada. Decorar com o limão.