quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

O SANDUÍCHE CUBANO DE "CHEF"


2014 foi um ano histórico para Cuba. O presidente americano Barack Obama e o ditador Raúl Castro anunciaram a retomada das relações entre Estados Unidos e Cuba, suspensas em 1961. Com essa medida, a economia observa projeções otimistas para os próximos anos com a exportação de alimentos e, principalmente, com o turismo. No ano passado, pouco mais de 150.000 cidadãos norte-americanos visitaram a ilha, número irrisório diante dos 29 milhões de turistas que passam por lá anualmente. Esta será uma grande oportunidade para que mais pessoas conheçam a cultura cubana que é muito mais que rumba e charutos.

Um opção alternativa para se aproximar desses costumes é visitar Little Havana, em Miami, na Flórida. Criada por exilados do regime castrista, essa comunidade transpira cultura cubana com música, dança e, é claro, gastronomia.


O filme “Chef”, lançado este ano, com direção e roteiro de John Favreau (de “Homem de Ferro”), mostra um pouquinho desse ambiente. Favreau vive o chef Carl Casper, um artista limitado criativamente pelos interesses do dono do restaurante onde trabalha (Dustin Hoffman, em uma ponta de luxo). Viciado em trabalho, Carl tem pouco tempo para se dedicar a Percy, seu filho de 10 anos. Sofrendo muita pressão mediante a iminente opinião de um crítico culinário famoso na blogosfera, ele está à beira de um colapso. Para piorar, Casper é um ignorante virtual e, sem querer, arma uma guerra via Twitter como o infame crítico.

Carl acaba perdendo seu emprego e sua única saída é recorrer à sua ex-mulher, Inez (Sofía Vergara) que há tempos vem sugerindo que ele abandone o restaurante para criar um Food Truck (espécie de trailer customizado para vender comida). Inez leva Carl e Percy para Miami, para visitar seu pai e para que ele descanse um pouco. Inspirado pelos ares de Little Havana, Carl acaba cedendo e decide fazer o Food Truck. Seu antigo colega de restaurante, Martin, larga o emprego para unir-se a ele e Percy dando início a uma longa “road trip”. E uma das coisas mais bacanas que o filme mostra é o prazer de degustar um prato em seu próprio lugar de origem. Eles passam por New Orleans, Texas, entre outros lugares, sempre descobrindo coisas para adicionar ao menu do Food Truck. O tradicional sanduíche cubano é a principal atração do cardápio e é esta receita que vamos aprender hoje.

“Chef”é uma comédia muito bem feita, com apelo familiar, e uma delícia para os olhos. Mas a grande lição desse filme é: temos que dedicar nosso tempo a fazer o que realmente se gosta e apreciar as pessoas que estão ao nosso lado.

Sanduíche Cubano

Esta é a minha versão simplificada para a receita, pois a original dá um pouquinho mais de trabalho. Para preparar esse sanduíche é necessário fazer uma marinada para temperar o lombo suíno que vai no recheio.

Marinada:

Suco de 2 laranjas,

Suco de 1 limão,

Raspas das cascas das laranjas e dos limões,

1 cebola branca,

3 dentes de alho,

coentro à gosto.

Misture todos os ingredientes e espalhe por cerca de 150g de lombo suíno. Deixe marinar por no mínimo duas horas. Depois, corte em tiras bem fininhas e leve à frigideira para dourar.

Sanduíche:

Ingredientes:

1 baguete cortada em pedaços de aproximadamente 15 cm.

2 fatias de presunto

2 fatias de queijo suíço

2 pedaços de picles cortados no sentido vertical

Mostarda e manteiga

Modo de Preparo:

Corte a baguete no sentido longitudinal e passe bastante mostarda (tem que ser a amarela) nas duas fatias. Coloque o lombo já fritinho, o presunto e o queijo suíço. Complete com as fatias de picles. Com o sanduíche já montado, pincele manteiga por toda extensão do pão e leve à uma chapa. Não tendo a chapa, use uma frigideira mesmo. O importante é deixar o pão dourar e o queijo derreter.

MINIONS AMAM BANANAS


A Universal Studios divulgou esta semana o trailer de “Minions”, spin off de “Meu Malvado Favorito” estrelado pelas queridas criaturas amarelas que conquistaram o mundo inteiro. Desde sua aparição no primeiro filme da franquia, em 2010, os Minions são considerados um verdadeiro case de sucesso comercial, se consolidando como a marca principal do filme.

Quem visita os parques da Universal tanto na Califórnia quanto na Flórida, percebe claramente a overdose de minions por todas as lojas, ofuscando até mesmo os personagens principais do longa – O vilão Gru e suas filhas adotivas, Agnes, Margo e Edith.

A indústria cinematográfica atualmente depende rigorosamente de uma marca bem estabelecida que permita o lucro em outras frentes além da tela grande. Contratos de merchandasing prologam a vida do filme permitindo uma receita que compense o gastos de produção e divulgação. Desde a crise econômica de 2008, nos Estados Unidos,  a indústria ainda encontra-se em fase de recuperação enfrentando diversos concorrentes oriundos dos avanços tecnológicos.

Para um filme receber a “luz verde” para sair do papel, é preciso considerar os fatores que levam o espectador a sair de casa para ir ao cinema. Hoje em dia, com a pirataria, os sites de video on demand e streaming, os apelos para motivar o consumidor devem ser cada vez mais atraentes. Isso explica o porquê da construção de uma marca ser tão importante para o mercado e porque as franquias são boas apostas nesse jogo.

Não é preciso ter necessariamente uma boa história. Filmes com histórias ruins conseguem lucrar muito. A franquia “Transfromers” é um exemplo clássico de marca bem estabelecida, principalmente no mercado internacional,  com uma história que é um fiasco. Entretanto “John Carter” (2012), foi uma aposta alta da Disney que resultou na demissão do presidente do estúdio na época, tamanho o fracasso da produção. Eles apostaram em um filme  que, primeiro, não tinha uma boa história ou um rosto ou nome para carregar a trama; segundo, a ausência de uma marca que centralizasse os interesses da indústria e da audiência. 

Voltando às criaturinhas amarelas: o filme sobre os Minions procura de alguma forma esclarecer suas origens e como eles se transformaram em adoradores de vilões. De uma forma bem-humorada, veremos a “evolução”dos bichinhos desde a pré-história até a Nova York dos anos 60 (antes deles encontrarem o malvado Gru).
No complicado idioma dos Minions, poucas palavras são inteligíveis para os seres humanos, mas claramente “banana” é uma delas. Neste trailer a relação deles com a fruta fica mais explícita. Eles realmente gostam de banana. A produção do filme, inclusive, fez uma parceria com a produtora e distribuidora da fruta, Chiquita Brands International, para a divulgação do filme, que incluí o hotsite http://minionslovebananas.com/

Entrando nesse clima, vamos amarelar geral e fazer um receita de... BANANA.
  
Smoothie Rápido de Banana

Ingredientes:
2 bananas inteiras
1/3 de xícara de chá de iogurte natural
½ xícara de aveia
4 blocos de gelo
Açúcar ou mel a gosto.

Modo de preparo:

Coloque todos os ingredientes no liquidificador deixando o gelo por último. Bata em alta velocidade por 30 segundos e pronto. Delícia.

SUPER-HERÓIS E COZINHA LIBANESA

"Vingadores - a Era de Ulton" é a aguardada sequência da franquia da Marvel que já está em cartaz em todo país. O estúdio confirmou seus projetos até 2017 que incluem os filmes: “Capitão Marvel”, “Homem Formiga”, “Doutor Estranho” e mais uma continuação de “Os Vingadores”.

No filme, o vilão – Ultron – é mostrado como uma criação das empresas de Tony Stark e além dos Vingadores já conhecidos do primeiro filme (Homem de Ferro, Thor, Capitão América, Gavião Arqueiro, Viúva Negra e Hulk) conheceremos outros heróis do Universo Marvel como Mercúrio e a Feiticeira Escarlate. Os dois personagens são filhos do vilão dos X-Men, Magneto. Entretanto, como a Fox é detentora dos direitos de distribuição da franquia dos mutantes, a Marvel (que pertence à Disney) não pode sequer mencionar esta relação. Se você assistiu a “X-men - Dias de Um Futuro Esquecido” e viu o mesmo Mercúrio com a cara do ator Evan Peters não fique confuso quando assistir esse mesmo herói  em “Vingadores 2”, com a cara do ator Aaron Taylor Johnson.

Robert Downey Jr. , intérprete do Homem de Ferro, teoricamente se despediria do personagem que lhe ressuscitou a carreira, após “Vingadores 2”. Contudo, a Marvel já anunciou a ligação de Downey com o terceiro filme da trilogia “Capitão América” e, depois disso, “Guerra Civil”, onde os dois heróis se enfrentarão.

Os próximos anos serão interessantes para os filmes de Super-heróis. A DC/Warner já anunciou todos os seus filmes até 2020, incluindo um sobre a Liga da Justiça, um sobre a Mulher Maravilha e o já em fase de produção, “Batman Vs. Superman”. A Fox está trabalhando em um reboot do “Quateto Fantástico” enquanto a Sony prepara mais um “Homem Aranha”. Fora a muitas continuações das franquias da Marvel que serão lançadas pela Disney. A seqüência de “Os Vinagdores” tem estreia prevista para abril de 2015.

Pegando o gancho de “Os Vingadores 2”, que tal lembrar de uma das cenas finais (sem spoilers) do primeiro filme, onde Tony Stark e seu jeito cretino de fazer piadas, convida seus parceiros de luta para comer uma schawarma. “Eu não sei o que é, mas quero provar”, diz ele.  Se você teve paciência de esperar o fim dos créditos, viu o grupo comendo a citada iguaria em uma cena de poucos segundos. Se você também ficou intrigado com o que é isso, seus problemas acabaram.

Schawarma é um sanduíche típico do Líbano, que pode ser de carne ou de frango e vem enroladinho no pão sírio. O prato original exige uma grelha vertical e outros segredos do Oriente, mas vamos simplificar pra vocês.
Siga o passo a passo e bom apetite. 
                    
SCHAWARMA DE FRANGO

Ingredientes:

1 bandeja de sobrecoxas de frango desossadas
5 dentes de alhos espremidos
Suco de 1 limão
2 colheres de sopa de azeite de oliva
1 colher de chá de pimenta do reino preta moída fresca
1 colher de chá de canela, gengibre e cardamomo em pó
Uma pitada de orégano e sal à gosto.

Modo de preparo:

Misture todos os ingredientes e bata do liquidificador.  Em um refratário faça uma marinada com a mistura e o frango. Deixe por 3 horas na geladeira. Coloque o frango em uma assadeira, cubra com um fio de azeite e com papel alumínio. Leve ao forno, em temperatura alta, até ficar moreninho. O truque é não deixar ressecar. Depois de assado, corte o frango em lâminas.
Cubra com molho tahine e enrole no pão sírio.

sábado, 16 de novembro de 2013

CINCO ANOS DE NOIVADO (OVOS BENEDITINOS)


Jason Segel e Emily Blunt são dois atores de contrastes fortes. Jason é comediante nato, não é galã, costuma trabalhar com seu próprio material, além de ser um dos afilhados de Judd Apatow. Já Emily, é uma atriz britânica com uma beleza clássica que já trabalhou em diferentes gêneros (drama, romance, comédia, terror) e  tem uma personalidade adorável. Surpreendentemente, esse dois formam um casal com uma química diferente, que funciona e agrada. Em “Cinco Anos de Noivado” eles interpretam um par romântico pela segunda vez. A primeira foi em “As Viagens de Gulliver”, com Jack Black.

Nessa produção bonitinha, um casal pretende se casar, mas as oportunidades profissionais da moça os obrigam a adiar a cerimônia. E assim, passam-se cinco anos. Nesse tempo acompanhamos a evolução do relacionamento dos dois, como o egoísmo e a entrega afetam uma relação, e como superar e aceitar as falhas de seu parceiro pode ser incrivelmente difícil.

Em seu trabalho como psicóloga experimental, Violet usa como objeto uma caixa de donuts velha para fazer uma série de estudos. A premissa é a seguinte: o psicólogo recebe um grupo de pessoas em uma sala e casualmente menciona que há uma caixa de donuts velhas lá. Ele pede que aguardem um pouco, pois, em breve chegará uma caixa de donuts novinha. Se a pessoa não quiser esperar, e comer o doce passado, isso significa que ela tem alguma frustração em relação a sua própria vida e se contenta com o que tem à disposição. É mais ou menos isso... eu não entendo muito dessas coisas rs...

E para a surpresa de Violet, seu amado noivo Tom, que há anos vem sacrificando sua carreira como chef para que ela possa completar o estudo, parte para cima de uma caixa de donuts velha sem pestanejar. É claro que há algo de errado com o comprometimento dos dois nessa relação.

Enfim, muita água passa por baixo dessa ponte antes do previsível desfecho. É um filme fofo. Vale a pena.

A receita ideal para o post de hoje seria o malfadado donut, certo? Mas, tem uma cena que eu, particularmente, gostei muito onde Tom prepara um delicioso café da manhã. Na ocasião, ele faz deliciosos ovos beneditinos. A receita a seguir é da chef Rita Lobo.

MOLHO HOLANDÊS

Ingredientes
100 g de manteiga
1 gema
1/2 colher (sopa) de vinagre
sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto

Modo de Preparo
1. Leve ao micro-ondas uma tigelinha com a manteiga para derreter. Reserve.

2. Numa panelinha, coloque cerca de dois dedos de água, leve ao fogo médio e desligue quando começar a ferver.

3. Junte a gema e o vinagre numa tigela média e mexa com um batedor de arame para incorporar. Adicione 1 colher (sopa) da água aquecida na mistura de gema e bata bem. Encaixe a tigela na panelinha com água fervente para fazer um banho-maria.

4. Bata vigorosamente até a mistura espumar. Junte a manteiga derretida aos poucos, batendo sempre.

5. Quando o molho encorpar, tire do banho-maria e tempere com sal e pimenta-do-reino a gosto. Reserve.

PARA OS OVOS POCHÊ E MONTAGEM

Ingredientes
4 ovos
4 fatias de bacon com o lombo
2 fatias de pão para torta fria
páprica a gosto (opcional)
sal a gosto
folhas de salsa a gosto (opcional)
óleo para untar

Modo de Preparo
Para fazer os ovos pochê, leve uma frigideira alta com bastante água ao fogo médio, quando ferver, abaixe o fogo.

Recorte 4 quadrados de filme de 30 x 30 cm e coloque sobre um prato fundo. Unte o filme com um pinguinho de óleo e quebre um ovo dentro. Una as pontas do quadrado para formar uma trouxinha. Se quiser fazer todos os ovos de uma vez, dê um nó em cada filme. Repita o processo com todos os ovos.

Leve a trouxinha à frigideira com água fervente e mexa delicadamente, fazendo movimentos circulares (isso fará com que o ovo pochê fique com um formato mais bonito). Passados 3 minutos, retire o filme com cuidado e deixe o ovo cozinhar por mais 1 minuto na água.

Com uma escumadeira, transfira o ovo para uma tigela com água fria. Repita o procedimento com os demais ovos e reserve. Na hora de servir, se quiser, volte os ovos à água fervente e deixe aquecer 30 segundos.

Aqueça uma frigideira média e coloque um fio de óleo. Junte as fatias de bacon com lombo (duas por vez) e doure dos dois lados. Reserve.

Leve as fatias de pão à torradeira ou forno, apenas para aquecer.

Coloque uma torrada no prato e espalhe 1 colher do molho holandês. Por cima, coloque duas fatias de bacon e dois ovos pochê. Regue com mais molho. Se quiser, salpique com folhas de salsa e polvilhe com páprica a gosto. Repita o procedimento com o outro prato e sirva a seguir.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

O EXÓTICO CORDEIRO DO HOTEL MARIGOLD


John Madden é um diretor de altos e baixos. Ele, de fato, tem uma carreira curiosa. Indicado ao Oscar na categoria de Melhor Diretor pelo questionável “Shakespeare Apaixonado”, ele foi ignorado pela deliciosa dramédia “O Exótico Hotel Marigold”.  


É verdade que em sua filmografia há poucos longas que merecem crédito. Mas “O Exótico Hotel Marigold” é uma grata exceção. Com o melhor do melhor do elenco britânico à disposição, Madden conduz uma história bem amarrada com personagens adoráveis.

Um antigo hotel na Índia reúne várias pessoas da terceira idade por diferentes motivos: uma viúva em busca de sentido na vida, uma aposentada que precisa de uma operação médica mais barata; um casal que perdeu a conexão ao longo da vida; uma senhora solitária em busca de um novo amor e um senhor em busca de um amor perdido. Todos eles são recebidos pelo jovem indiano Sonny que tem o desafio de reerguer o surrado estabelecimento.

Lá, essas pessoas criam uma bela conexão e descobrem que ainda há muito que fazer nesta vida, mesmo já tendo certa idade.

Além disso, a Índia é também uma descoberta com suas cores, movimento, frenesi, odores, etc. E claro que a culinária não ia ficar de fora. Pratos como Mooli Moong dal; Bagara Baingan, Banjara Gosht, entre outros, são apresentados aos sensíveis estômagos britânicos que sofrem, mas amam essas novidades.

Mas eu quero preparar um Cordeiro Vindaloo. A receita é do site de especiarias Bombay.

Ingredientes:

650 gr de paleta de cordeiro
3 tomates
2 cebolas
3 dentes de alho
8 damascos secos
1 pedaço de gengibre de aproximadamente 5 cm
2 colheres de sopa manteiga derretida
2 colheres de sopa de vinagre de vinho branco
40g de açúcar mascavo
3 bagas de cardamomo
 ½ colher de café de Cominho em pó
1 colher de café de Curry Vindaloo
Sal e Pimenta do Reino em pó

Modo de Preparo:

Corte os tomates em cubinhos sem as peles e as sementes. Descasque e pique os dentes de alho, descasque o gengibre e corte em cubinhos. Abra as bagas de cardamomo e retire as sementes. Em um pilão, coloque o alho, o gengibre e as sementes de cardamomo e amasse.
Descasque a cebola, fatie em rodelas finas. Corte a carne de cordeiro em cubos e os tempere com sal e pimenta. Aqueça uma colher de sopa de manteiga em frigideira funda, coloque os cubos de carne de cordeiro, dourando-os por todos os lados. Reserve-os.
Aqueça o resto da manteiga em uma frigideira funda. Acrescente o cominho e as rodelas de cebola e refogue por 2 minutos. Acrescente a pasta de especiarias e misture no fogo. Coloque os cubos de cordeiro e de tomate. Acrescente o vinagre, o açúcar mascavo e os damascos secos. Jogue 200ml de água, abaixe o fogo ao mínimo e tampe. Deixe cozinhar por 40 minutos.
Ao fim do cozimento, salpique o Curry Vindaloo.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

TARANTINO’S FOOD – PARTE IV


“Django Livre” é um filme tão complexo e com tantos temas e aspectos para abordar que seria preciso redigir um ensaio para fazer jus ao seu valor. Mas o tema que se sobressai é a liberdade. Temos a saga de homem para resgatar a mulher amada. Há também a parceria de um branco letrado com um escravo recém-liberto para caçar bandidos em troca de dinheiro. Além disso, temos a brutalidade inescrupulosa de um vilão sanguinário e um negro que odeia negros. E tem aquele lance de escravidão e racismo também rs.

Quem assistiu “Titanic” nos cinemas, como eu, nunca imaginaria que o Leonardo DiCaprio pudesse interpretar um personagem tão grandiosamente cruel como o Calvie Candy. Nas mãos de Tarantino, o galã bonitinho Jack Dawson se esvai como uma lembrança muito distante.

Jamie Foxx dá um tempo em seus filmes ruins de ação e comparece com uma bela atuação. Christoph Waltz, genial como sempre, dá aquele brilho em seu personagem. E Samuel L. Jackson rouba a cena com seu capataz que não mostra misericórdia aos seus iguais.

Tarantino recria aquele clima dos antigos westerns com muita competência e adiciona litros e litros de sangue. Mas, à parte desta faceta violenta do filme, há diálogos profundos e extremamente inteligentes. Destaque para a cena da KKK: impagável.

No clímax do filme, na cena mais tensa, o cenário é uma mesa de jantar. Entre a refeição e a sobremesa tudo pode acontecer. E para não estragar a surpresa de quem não viu o filme não vou falar mais nada. Somente que, a sobremesa no caso, é um delicioso bolo branco que vamos reproduzir aqui.

Bolo Branco

Ingredientes:

2 xícaras de chá de açúcar
2 colheres de sopa de manteiga
1 xícara de leite
2 ½ xícaras de chá de farinha de trigo
1 colher de fermento em pó
5 claras em neve
Casca ralada de 1 limão




Modo de Preparo:

Bata o açúcar com a manteiga. Adicione alternadamente o leite, a farinha de trigo e o fermento. Acrescente delicadamente as claras batidas em neve e as raspas de limão. Despeje em uma forma untada e polvilhada com farinha de trigo. Leve ao forno médio.




Cobertura
½  xícara de manteiga
1 ½ xícaras de chá de açúcar de confeiteiro
Uma pitada de sal
1 colher de café de essência de baunilha
4 colheres de sopa de leite


Bata a manteiga com o açúcar. Acrescente a baunilha, o sal e o leite. Se quiser que a consistência fique mais firme, adicione mais açúcar.


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

TARANTINO'S FOOD - PARTE III


Não há dúvida alguma que "Pulp Fiction", de 1994, é um dos melhores filmes já feitos. Sem brincadeira. Com essa produção, Quentin Tarantino, quebrou vários paradigmas da narrativa cinematográfica. Além de colecionar prêmios, o filme resgatou a carreira de John Travolta, que estava perdida em filmes de bebês falantes e outras coisas assim.

No melhor estilo Tarantino de ser, muita droga, muita violência e diálogos épicos estão em "Pulp Fiction". Frases memoráveis, cenas chocantes, viradas de roteiro surpreendentes garantem uma história eloquente sobre o submundo da máfia. 

O universo criado por ele é, não só fantástico, como curioso, capaz de levar milhões de teorias sobre a inter-relação entre os filmes de sua autoria. Selton Mello mesmo tem suas próprias ideias. Confira no curta abaixo.


A receita do filme encontra-se na parte onde Vincent Vega faz as vezes de babá de Mia Wallace, esposa de seu chefe, que está solitária. Ele a leva para jantar no Jack Rabbit Slims, onde ela pede um Durward Kirby Burger (bloody = mal passado) e um US$5 Shake Martin and Lewis (referência a dupla de comediantes Dean Martin e Jerry Lewis, que são brancos, ou seja, o sabor é baunilha. Se ela tivesse escolhido Amos and Andy - dois negros - o sabor seria chocolate). 

O hambúrguer aparece também em uma cena muito boa, onde Samuel L. Jackson confronta traidores do Mr. Wallace. Vincent e Jules chegam na hora do café da manhã que no caso é composto de hambúrgueres. Jules diz a memorável frase: "Hamburgers! The cornerstone of any nutritious breakfast". Só que esse hambúrguer é da fictícia Big Kahuna Burger que aparece inclusive  em outros filmes do Tarantino. Acompanhe a cena aqui:


A receita é a minha interpretação do Durward Kirby Burger e do US$5 Shake.

$5 Shake:
100 ml de leite integral
300g de sorvete de baunilha
1 colher de sopa de mel
1 cereja para decorar

Bata tudo no liquidificador, menos a cereja. Tá-daaaaan

 

Durward Kirby Burger

Ingredientes:
500 g de fraldinha moída
1/2 cebola picada
1 dente de alho picado
2 colheres de sopa de molho inglês
azeite, sal e pimenta a gosto
5 fatias de queijo prato
5 rodelas de tomate

Modo de preparo:
Misture, em um refratário, a carne, a cebola e o alho. Amasse com as mãos. Tempere com sal e pimenta. Regue com azeite e o molho inglês. É bom usar um pouco de salsinha também.


Faça bolinhos com as mãos e separe em uma bandeja.




Cubra o fundo de uma frigideira grande com óleo de soja. Quando o óleo estiver bem quente, coloque os hambúrgueres um de cada vez até ficarem moreninhos.




Coloque sobre as carninhas uma fatia de queijo prato e leve ao forno para gratinar por cinco minutos. 




Adicione o tomate e os picles. Monte o prato acompanhado de salada verde, batata frita e uma fatia de melancia.




quarta-feira, 25 de setembro de 2013

TARANTINO'S FOOD - PARTE II


Vingança. Sentimento que consegue despertar o pior das pessoas. Tem que ser frio. Não ter piedade. Nem compaixão. Nem a capacidade de perdoar. Este é o retrato da alma da Noiva Beatrix Kiddo.

Quentin Tarantino em sua mente brilhante criou um verdadeiro ensaio sobre o tema, fundindo zilhões de referências a diversos gêneros do cinema. Nos dois volumes de “Kill Bill”, Tarantino se vale de três vértices: o Japão representado por Hatori Hanzo; a China representada por Pai Mei e os Estados Unidos representado por Bill.

A estética dos filmes antigos japoneses e os westerns spaguetti foram a escola de cinema de Quentin. E essa combinação improvável toma forma na saga da Noiva, interpretada por Uma Thurman.

Em sua jornada para cumprir o voto de tirar a vida daqueles que a espancaram até ficar em coma no dia de seu casamento enquanto estava grávida, a Noiva precisa se preparar. E para executar seu plano é necessário "aço japonês". O único homem capaz de prover o que ela precisa é o homem de Okinawa. O dono de um aparentemente simples restaurante de sushi que esconde um segredo. Por trás dessa fachada simplória está um mestre da arte de produzir katanas. O grande Hatori Hanzo. E só uma espada Hatori Hanzo pode realizar o desejo da Noiva.

Veja a cena:




Okinawa é uma região conhecida por não oferecer sushis de boa qualidade, o que dá a Hanzo um bom esconderijo depois que ele jura nunca mais fabricar instrumentos que machuquem outras pessoas. E para fazer uma justa homenagem ao mestre Hanzo, vamos preparar um sushi de salmão.


Ingredientes:

1 xícara de chá de arroz tipo 1, do subgrupo polido.
5 xícaras de chá de água
1/2 xícara de chá de vinagre de arroz
1/2 de xícara de chá de açúcar
1 colher de sopa de sal
1 colher de café de saquê


Modo de Preparo:

Lave o arroz por cinco vezes antes de levar ao fogo.


Deixe por 20 minutos em fogo médio e, em seguida, 15 minutos em fogo baixo. O ideal é usar uma panela antiaderente. Eu não usei e foi mais complicado controlar o cozimento do arroz. Reserve. 

Em uma panela, junte o vinagre, o açúcar, o sal e o saquê. Deixe ferver por um minuto. 


Misture-o no caldo ao arroz. O corte do peixe deve ser feito no ângulo de 45º. 


Para enrolar o arroz, com mais facilidade, molhe sempre as mãos com água gelada e um pouquinho de vinagre. O ideal é que o arroz esteja completamente frio quando for enrolar. 





domingo, 22 de setembro de 2013

TARANTINO'S FOOD - PARTE I


Quentin Tarantino é o tipo de cineasta que podemos chamar de completo. Ele realmente percebe a realização de um filme como um todo. Do roteiro à produção, da escolha do elenco à direção, tudo esta claro na cabeça desse cara genial. Seus filmes são notáveis por seus roteiros com diálogos memoráveis e atuações de tirar o fôlego. Vários atores têm muito a agradecer a Tarantino, pois ele consegue extrair o melhor do que eles tem a oferecer.

Suas teorias sobre cultura pop, misturadas a um sarcasmo afiado e uma visão crítica da sociedade, permitem à obra de Tarantino um feito que poucos conseguem: entreter sem alienar.

Em "Bastardos Inglórios", Tarantino se deu a liberdade de reescrever a história. Um dos seus melhores filmes, "Bastardos" virou um clássico quase que automaticamente com sua violência crua e seus diálogos atordoantes. Há cenas longas baseadas em nada mais que tensão e diálogo que nas mão de outro de diretor poderiam se tornar arrastadas e enfadonhas. Não com Tarantino, que prende o espectador com maestria.

Christopher Waltz foi uma grata revelação que já ganhou dois Oscars por seus trabalhos com Tarantino. Ele dá vida ao Coronel Hans Landa, o caçador de judeus, que aterroriza sem precisar erguer o tom de voz. Inteligentíssimo, um incrível detetive que recebe a missão de encontrar judeus na França ocupada pelo regime nazista. O Tenente Aldo Raine, interpretado por Brad Pitt, é a contrapartida unindo todo o nosso repúdio ao holocausto a uma vingança cruel que nos passa uma sensação de justiça, mesmo sendo ela fictícia.

Esses dois personagens chave, tão únicos e interessantes, só se encontram na parte final do longa. A ansiedade é grande para o confronto e Tarantino não deixa a desejar tornando o evento épico e mudando o rumo da história.

O filme ainda tem um história paralela entre a judia disfarçada Shosanna e um oficial alemão, que na minha opinião é a parte mais sacal do filme. Entretanto, há uma cena entre Hans Landa, Shoshanna e um strudel que é formidável. Veja abaixo:


Aprenda a fazer um delicioso strudel de maçã seguindo a receita abaixo!

Ingredientes:

5 maçãs
200g de nozes picadas
150g de passas tipo moscatel
100g de farinha de rosca
250g de manteiga
1/2 xícara de chá de água morna
1 pitada de sal
300g de açúcar
1 colher de sopa de canela em pó
1 ovo
açúcar de confeiteiro para a decorar

Modo de Preparo:


Misture a farinha de trigo com o sal, uma colher de sopa de manteiga, a água morna e o ovo. trabalhe a massa até que ela não grude mais nos dedos. Cubra a massa com um pano e depois com a própria tigela de preparo para que repouse em ambiente abafado. 


Descasque e pique as maças em quadradinhos. Adiciona a canela e o açúcar. Reserve.


Unte o fundo de uma assadeira e derreta o resto da manteiga em banho-maria.

Abra a massa com um rolo (se não tiver, use uma garrafa). Deixe bem fininha. Coloque-a em cima de um pano de prato.


Com a ponta dos dedos, puxe delicadamente a massa para ficar mais fina. Procure deixá-la em um formato retangular.


Espalhe a mistura de maçã sobre a massa e adicione a farinha de rosca, as passas e as nozes. Coloque por cima grande parte da manteiga deixando só um restinho para o final.


Enrole como se fosse um rocambole com o auxílio do pano. Coloque na assadeira e pincele com o resto da manteiga. Leve ao forno por 30 minutos em temperatura média. Depois de pronto polvilhe açúcar de confeiteiro. Sirva com chantili