sábado, 16 de novembro de 2013

CINCO ANOS DE NOIVADO (OVOS BENEDITINOS)


Jason Segel e Emily Blunt são dois atores de contrastes fortes. Jason é comediante nato, não é galã, costuma trabalhar com seu próprio material, além de ser um dos afilhados de Judd Apatow. Já Emily, é uma atriz britânica com uma beleza clássica que já trabalhou em diferentes gêneros (drama, romance, comédia, terror) e  tem uma personalidade adorável. Surpreendentemente, esse dois formam um casal com uma química diferente, que funciona e agrada. Em “Cinco Anos de Noivado” eles interpretam um par romântico pela segunda vez. A primeira foi em “As Viagens de Gulliver”, com Jack Black.

Nessa produção bonitinha, um casal pretende se casar, mas as oportunidades profissionais da moça os obrigam a adiar a cerimônia. E assim, passam-se cinco anos. Nesse tempo acompanhamos a evolução do relacionamento dos dois, como o egoísmo e a entrega afetam uma relação, e como superar e aceitar as falhas de seu parceiro pode ser incrivelmente difícil.

Em seu trabalho como psicóloga experimental, Violet usa como objeto uma caixa de donuts velha para fazer uma série de estudos. A premissa é a seguinte: o psicólogo recebe um grupo de pessoas em uma sala e casualmente menciona que há uma caixa de donuts velhas lá. Ele pede que aguardem um pouco, pois, em breve chegará uma caixa de donuts novinha. Se a pessoa não quiser esperar, e comer o doce passado, isso significa que ela tem alguma frustração em relação a sua própria vida e se contenta com o que tem à disposição. É mais ou menos isso... eu não entendo muito dessas coisas rs...

E para a surpresa de Violet, seu amado noivo Tom, que há anos vem sacrificando sua carreira como chef para que ela possa completar o estudo, parte para cima de uma caixa de donuts velha sem pestanejar. É claro que há algo de errado com o comprometimento dos dois nessa relação.

Enfim, muita água passa por baixo dessa ponte antes do previsível desfecho. É um filme fofo. Vale a pena.

A receita ideal para o post de hoje seria o malfadado donut, certo? Mas, tem uma cena que eu, particularmente, gostei muito onde Tom prepara um delicioso café da manhã. Na ocasião, ele faz deliciosos ovos beneditinos. A receita a seguir é da chef Rita Lobo.

MOLHO HOLANDÊS

Ingredientes
100 g de manteiga
1 gema
1/2 colher (sopa) de vinagre
sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto

Modo de Preparo
1. Leve ao micro-ondas uma tigelinha com a manteiga para derreter. Reserve.

2. Numa panelinha, coloque cerca de dois dedos de água, leve ao fogo médio e desligue quando começar a ferver.

3. Junte a gema e o vinagre numa tigela média e mexa com um batedor de arame para incorporar. Adicione 1 colher (sopa) da água aquecida na mistura de gema e bata bem. Encaixe a tigela na panelinha com água fervente para fazer um banho-maria.

4. Bata vigorosamente até a mistura espumar. Junte a manteiga derretida aos poucos, batendo sempre.

5. Quando o molho encorpar, tire do banho-maria e tempere com sal e pimenta-do-reino a gosto. Reserve.

PARA OS OVOS POCHÊ E MONTAGEM

Ingredientes
4 ovos
4 fatias de bacon com o lombo
2 fatias de pão para torta fria
páprica a gosto (opcional)
sal a gosto
folhas de salsa a gosto (opcional)
óleo para untar

Modo de Preparo
Para fazer os ovos pochê, leve uma frigideira alta com bastante água ao fogo médio, quando ferver, abaixe o fogo.

Recorte 4 quadrados de filme de 30 x 30 cm e coloque sobre um prato fundo. Unte o filme com um pinguinho de óleo e quebre um ovo dentro. Una as pontas do quadrado para formar uma trouxinha. Se quiser fazer todos os ovos de uma vez, dê um nó em cada filme. Repita o processo com todos os ovos.

Leve a trouxinha à frigideira com água fervente e mexa delicadamente, fazendo movimentos circulares (isso fará com que o ovo pochê fique com um formato mais bonito). Passados 3 minutos, retire o filme com cuidado e deixe o ovo cozinhar por mais 1 minuto na água.

Com uma escumadeira, transfira o ovo para uma tigela com água fria. Repita o procedimento com os demais ovos e reserve. Na hora de servir, se quiser, volte os ovos à água fervente e deixe aquecer 30 segundos.

Aqueça uma frigideira média e coloque um fio de óleo. Junte as fatias de bacon com lombo (duas por vez) e doure dos dois lados. Reserve.

Leve as fatias de pão à torradeira ou forno, apenas para aquecer.

Coloque uma torrada no prato e espalhe 1 colher do molho holandês. Por cima, coloque duas fatias de bacon e dois ovos pochê. Regue com mais molho. Se quiser, salpique com folhas de salsa e polvilhe com páprica a gosto. Repita o procedimento com o outro prato e sirva a seguir.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

O EXÓTICO CORDEIRO DO HOTEL MARIGOLD


John Madden é um diretor de altos e baixos. Ele, de fato, tem uma carreira curiosa. Indicado ao Oscar na categoria de Melhor Diretor pelo questionável “Shakespeare Apaixonado”, ele foi ignorado pela deliciosa dramédia “O Exótico Hotel Marigold”.  


É verdade que em sua filmografia há poucos longas que merecem crédito. Mas “O Exótico Hotel Marigold” é uma grata exceção. Com o melhor do melhor do elenco britânico à disposição, Madden conduz uma história bem amarrada com personagens adoráveis.

Um antigo hotel na Índia reúne várias pessoas da terceira idade por diferentes motivos: uma viúva em busca de sentido na vida, uma aposentada que precisa de uma operação médica mais barata; um casal que perdeu a conexão ao longo da vida; uma senhora solitária em busca de um novo amor e um senhor em busca de um amor perdido. Todos eles são recebidos pelo jovem indiano Sonny que tem o desafio de reerguer o surrado estabelecimento.

Lá, essas pessoas criam uma bela conexão e descobrem que ainda há muito que fazer nesta vida, mesmo já tendo certa idade.

Além disso, a Índia é também uma descoberta com suas cores, movimento, frenesi, odores, etc. E claro que a culinária não ia ficar de fora. Pratos como Mooli Moong dal; Bagara Baingan, Banjara Gosht, entre outros, são apresentados aos sensíveis estômagos britânicos que sofrem, mas amam essas novidades.

Mas eu quero preparar um Cordeiro Vindaloo. A receita é do site de especiarias Bombay.

Ingredientes:

650 gr de paleta de cordeiro
3 tomates
2 cebolas
3 dentes de alho
8 damascos secos
1 pedaço de gengibre de aproximadamente 5 cm
2 colheres de sopa manteiga derretida
2 colheres de sopa de vinagre de vinho branco
40g de açúcar mascavo
3 bagas de cardamomo
 ½ colher de café de Cominho em pó
1 colher de café de Curry Vindaloo
Sal e Pimenta do Reino em pó

Modo de Preparo:

Corte os tomates em cubinhos sem as peles e as sementes. Descasque e pique os dentes de alho, descasque o gengibre e corte em cubinhos. Abra as bagas de cardamomo e retire as sementes. Em um pilão, coloque o alho, o gengibre e as sementes de cardamomo e amasse.
Descasque a cebola, fatie em rodelas finas. Corte a carne de cordeiro em cubos e os tempere com sal e pimenta. Aqueça uma colher de sopa de manteiga em frigideira funda, coloque os cubos de carne de cordeiro, dourando-os por todos os lados. Reserve-os.
Aqueça o resto da manteiga em uma frigideira funda. Acrescente o cominho e as rodelas de cebola e refogue por 2 minutos. Acrescente a pasta de especiarias e misture no fogo. Coloque os cubos de cordeiro e de tomate. Acrescente o vinagre, o açúcar mascavo e os damascos secos. Jogue 200ml de água, abaixe o fogo ao mínimo e tampe. Deixe cozinhar por 40 minutos.
Ao fim do cozimento, salpique o Curry Vindaloo.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

TARANTINO’S FOOD – PARTE IV


“Django Livre” é um filme tão complexo e com tantos temas e aspectos para abordar que seria preciso redigir um ensaio para fazer jus ao seu valor. Mas o tema que se sobressai é a liberdade. Temos a saga de homem para resgatar a mulher amada. Há também a parceria de um branco letrado com um escravo recém-liberto para caçar bandidos em troca de dinheiro. Além disso, temos a brutalidade inescrupulosa de um vilão sanguinário e um negro que odeia negros. E tem aquele lance de escravidão e racismo também rs.

Quem assistiu “Titanic” nos cinemas, como eu, nunca imaginaria que o Leonardo DiCaprio pudesse interpretar um personagem tão grandiosamente cruel como o Calvie Candy. Nas mãos de Tarantino, o galã bonitinho Jack Dawson se esvai como uma lembrança muito distante.

Jamie Foxx dá um tempo em seus filmes ruins de ação e comparece com uma bela atuação. Christoph Waltz, genial como sempre, dá aquele brilho em seu personagem. E Samuel L. Jackson rouba a cena com seu capataz que não mostra misericórdia aos seus iguais.

Tarantino recria aquele clima dos antigos westerns com muita competência e adiciona litros e litros de sangue. Mas, à parte desta faceta violenta do filme, há diálogos profundos e extremamente inteligentes. Destaque para a cena da KKK: impagável.

No clímax do filme, na cena mais tensa, o cenário é uma mesa de jantar. Entre a refeição e a sobremesa tudo pode acontecer. E para não estragar a surpresa de quem não viu o filme não vou falar mais nada. Somente que, a sobremesa no caso, é um delicioso bolo branco que vamos reproduzir aqui.

Bolo Branco

Ingredientes:

2 xícaras de chá de açúcar
2 colheres de sopa de manteiga
1 xícara de leite
2 ½ xícaras de chá de farinha de trigo
1 colher de fermento em pó
5 claras em neve
Casca ralada de 1 limão




Modo de Preparo:

Bata o açúcar com a manteiga. Adicione alternadamente o leite, a farinha de trigo e o fermento. Acrescente delicadamente as claras batidas em neve e as raspas de limão. Despeje em uma forma untada e polvilhada com farinha de trigo. Leve ao forno médio.




Cobertura
½  xícara de manteiga
1 ½ xícaras de chá de açúcar de confeiteiro
Uma pitada de sal
1 colher de café de essência de baunilha
4 colheres de sopa de leite


Bata a manteiga com o açúcar. Acrescente a baunilha, o sal e o leite. Se quiser que a consistência fique mais firme, adicione mais açúcar.


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

TARANTINO'S FOOD - PARTE III


Não há dúvida alguma que "Pulp Fiction", de 1994, é um dos melhores filmes já feitos. Sem brincadeira. Com essa produção, Quentin Tarantino, quebrou vários paradigmas da narrativa cinematográfica. Além de colecionar prêmios, o filme resgatou a carreira de John Travolta, que estava perdida em filmes de bebês falantes e outras coisas assim.

No melhor estilo Tarantino de ser, muita droga, muita violência e diálogos épicos estão em "Pulp Fiction". Frases memoráveis, cenas chocantes, viradas de roteiro surpreendentes garantem uma história eloquente sobre o submundo da máfia. 

O universo criado por ele é, não só fantástico, como curioso, capaz de levar milhões de teorias sobre a inter-relação entre os filmes de sua autoria. Selton Mello mesmo tem suas próprias ideias. Confira no curta abaixo.


A receita do filme encontra-se na parte onde Vincent Vega faz as vezes de babá de Mia Wallace, esposa de seu chefe, que está solitária. Ele a leva para jantar no Jack Rabbit Slims, onde ela pede um Durward Kirby Burger (bloody = mal passado) e um US$5 Shake Martin and Lewis (referência a dupla de comediantes Dean Martin e Jerry Lewis, que são brancos, ou seja, o sabor é baunilha. Se ela tivesse escolhido Amos and Andy - dois negros - o sabor seria chocolate). 

O hambúrguer aparece também em uma cena muito boa, onde Samuel L. Jackson confronta traidores do Mr. Wallace. Vincent e Jules chegam na hora do café da manhã que no caso é composto de hambúrgueres. Jules diz a memorável frase: "Hamburgers! The cornerstone of any nutritious breakfast". Só que esse hambúrguer é da fictícia Big Kahuna Burger que aparece inclusive  em outros filmes do Tarantino. Acompanhe a cena aqui:


A receita é a minha interpretação do Durward Kirby Burger e do US$5 Shake.

$5 Shake:
100 ml de leite integral
300g de sorvete de baunilha
1 colher de sopa de mel
1 cereja para decorar

Bata tudo no liquidificador, menos a cereja. Tá-daaaaan

 

Durward Kirby Burger

Ingredientes:
500 g de fraldinha moída
1/2 cebola picada
1 dente de alho picado
2 colheres de sopa de molho inglês
azeite, sal e pimenta a gosto
5 fatias de queijo prato
5 rodelas de tomate

Modo de preparo:
Misture, em um refratário, a carne, a cebola e o alho. Amasse com as mãos. Tempere com sal e pimenta. Regue com azeite e o molho inglês. É bom usar um pouco de salsinha também.


Faça bolinhos com as mãos e separe em uma bandeja.




Cubra o fundo de uma frigideira grande com óleo de soja. Quando o óleo estiver bem quente, coloque os hambúrgueres um de cada vez até ficarem moreninhos.




Coloque sobre as carninhas uma fatia de queijo prato e leve ao forno para gratinar por cinco minutos. 




Adicione o tomate e os picles. Monte o prato acompanhado de salada verde, batata frita e uma fatia de melancia.




quarta-feira, 25 de setembro de 2013

TARANTINO'S FOOD - PARTE II


Vingança. Sentimento que consegue despertar o pior das pessoas. Tem que ser frio. Não ter piedade. Nem compaixão. Nem a capacidade de perdoar. Este é o retrato da alma da Noiva Beatrix Kiddo.

Quentin Tarantino em sua mente brilhante criou um verdadeiro ensaio sobre o tema, fundindo zilhões de referências a diversos gêneros do cinema. Nos dois volumes de “Kill Bill”, Tarantino se vale de três vértices: o Japão representado por Hatori Hanzo; a China representada por Pai Mei e os Estados Unidos representado por Bill.

A estética dos filmes antigos japoneses e os westerns spaguetti foram a escola de cinema de Quentin. E essa combinação improvável toma forma na saga da Noiva, interpretada por Uma Thurman.

Em sua jornada para cumprir o voto de tirar a vida daqueles que a espancaram até ficar em coma no dia de seu casamento enquanto estava grávida, a Noiva precisa se preparar. E para executar seu plano é necessário "aço japonês". O único homem capaz de prover o que ela precisa é o homem de Okinawa. O dono de um aparentemente simples restaurante de sushi que esconde um segredo. Por trás dessa fachada simplória está um mestre da arte de produzir katanas. O grande Hatori Hanzo. E só uma espada Hatori Hanzo pode realizar o desejo da Noiva.

Veja a cena:




Okinawa é uma região conhecida por não oferecer sushis de boa qualidade, o que dá a Hanzo um bom esconderijo depois que ele jura nunca mais fabricar instrumentos que machuquem outras pessoas. E para fazer uma justa homenagem ao mestre Hanzo, vamos preparar um sushi de salmão.


Ingredientes:

1 xícara de chá de arroz tipo 1, do subgrupo polido.
5 xícaras de chá de água
1/2 xícara de chá de vinagre de arroz
1/2 de xícara de chá de açúcar
1 colher de sopa de sal
1 colher de café de saquê


Modo de Preparo:

Lave o arroz por cinco vezes antes de levar ao fogo.


Deixe por 20 minutos em fogo médio e, em seguida, 15 minutos em fogo baixo. O ideal é usar uma panela antiaderente. Eu não usei e foi mais complicado controlar o cozimento do arroz. Reserve. 

Em uma panela, junte o vinagre, o açúcar, o sal e o saquê. Deixe ferver por um minuto. 


Misture-o no caldo ao arroz. O corte do peixe deve ser feito no ângulo de 45º. 


Para enrolar o arroz, com mais facilidade, molhe sempre as mãos com água gelada e um pouquinho de vinagre. O ideal é que o arroz esteja completamente frio quando for enrolar. 





domingo, 22 de setembro de 2013

TARANTINO'S FOOD - PARTE I


Quentin Tarantino é o tipo de cineasta que podemos chamar de completo. Ele realmente percebe a realização de um filme como um todo. Do roteiro à produção, da escolha do elenco à direção, tudo esta claro na cabeça desse cara genial. Seus filmes são notáveis por seus roteiros com diálogos memoráveis e atuações de tirar o fôlego. Vários atores têm muito a agradecer a Tarantino, pois ele consegue extrair o melhor do que eles tem a oferecer.

Suas teorias sobre cultura pop, misturadas a um sarcasmo afiado e uma visão crítica da sociedade, permitem à obra de Tarantino um feito que poucos conseguem: entreter sem alienar.

Em "Bastardos Inglórios", Tarantino se deu a liberdade de reescrever a história. Um dos seus melhores filmes, "Bastardos" virou um clássico quase que automaticamente com sua violência crua e seus diálogos atordoantes. Há cenas longas baseadas em nada mais que tensão e diálogo que nas mão de outro de diretor poderiam se tornar arrastadas e enfadonhas. Não com Tarantino, que prende o espectador com maestria.

Christopher Waltz foi uma grata revelação que já ganhou dois Oscars por seus trabalhos com Tarantino. Ele dá vida ao Coronel Hans Landa, o caçador de judeus, que aterroriza sem precisar erguer o tom de voz. Inteligentíssimo, um incrível detetive que recebe a missão de encontrar judeus na França ocupada pelo regime nazista. O Tenente Aldo Raine, interpretado por Brad Pitt, é a contrapartida unindo todo o nosso repúdio ao holocausto a uma vingança cruel que nos passa uma sensação de justiça, mesmo sendo ela fictícia.

Esses dois personagens chave, tão únicos e interessantes, só se encontram na parte final do longa. A ansiedade é grande para o confronto e Tarantino não deixa a desejar tornando o evento épico e mudando o rumo da história.

O filme ainda tem um história paralela entre a judia disfarçada Shosanna e um oficial alemão, que na minha opinião é a parte mais sacal do filme. Entretanto, há uma cena entre Hans Landa, Shoshanna e um strudel que é formidável. Veja abaixo:


Aprenda a fazer um delicioso strudel de maçã seguindo a receita abaixo!

Ingredientes:

5 maçãs
200g de nozes picadas
150g de passas tipo moscatel
100g de farinha de rosca
250g de manteiga
1/2 xícara de chá de água morna
1 pitada de sal
300g de açúcar
1 colher de sopa de canela em pó
1 ovo
açúcar de confeiteiro para a decorar

Modo de Preparo:


Misture a farinha de trigo com o sal, uma colher de sopa de manteiga, a água morna e o ovo. trabalhe a massa até que ela não grude mais nos dedos. Cubra a massa com um pano e depois com a própria tigela de preparo para que repouse em ambiente abafado. 


Descasque e pique as maças em quadradinhos. Adiciona a canela e o açúcar. Reserve.


Unte o fundo de uma assadeira e derreta o resto da manteiga em banho-maria.

Abra a massa com um rolo (se não tiver, use uma garrafa). Deixe bem fininha. Coloque-a em cima de um pano de prato.


Com a ponta dos dedos, puxe delicadamente a massa para ficar mais fina. Procure deixá-la em um formato retangular.


Espalhe a mistura de maçã sobre a massa e adicione a farinha de rosca, as passas e as nozes. Coloque por cima grande parte da manteiga deixando só um restinho para o final.


Enrole como se fosse um rocambole com o auxílio do pano. Coloque na assadeira e pincele com o resto da manteiga. Leve ao forno por 30 minutos em temperatura média. Depois de pronto polvilhe açúcar de confeiteiro. Sirva com chantili


sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O BOBÓ DO FORREST GUMP

Se um dia me perguntarem qual filme eu acho incrível, com certeza a resposta será "Forrest Gump". Eu realmente amo esse filme. Na verdade, parafraseando Sheldon Cooper: "I love my mother. My feelings for that movie are so much greater" LOL. 

Dirigido por Robert Zemeckis (da trilogia "De Volta Para o Futuro", "Náufrago"e "O Voo"), Forrest arrematou seis estatuetas do Oscar. Foi o segundo Oscar consecutivo de Tom Hanks na categoria de Melhor Ator. (Atenção! Spoilers logo abaixo) 

O filme encanta porque reúne todos os elementos cinematográficos, técnicos e artísticos, de uma forma sensacional. O roteiro é leve, coeso e emocionante. A direção e a montagem são precisas e corretas. A fotografia é linda. As interpretações são de tirar o fôlego. A trilha sonora é uma preciosidade. Tudo é perfeito. 

A história do jovem menino limítrofe que supera as adversidades e conquista grandes feitos recebem um toque muito atrativo ao acompanharmos em paralelo a história contemporânea dos Estados Unidos e suas principais transformações sócio-culturais. 

A importância desse filme para a história do cinema é indiscutível. São várias as frases que ficaram imortalizadas na memória afetiva de seu público. "A vida é como uma caixa de chocolates. Você Nunca sabe o que irá pegar"; "Você deve fazer o melhor com aquilo que Deus lhe Deu"; "Idiota é quem faz idiotices"... e por aí vai.

Na seqüência da Guerra do Vietnã, Gump conhece Bubba, que se torna seu melhor amigo. Bubba tem o sonho de pescar e vender camarões depois que a guerra acabar. Com o falecimento de seu amigo, cabe a Forrest dar continuidade ao sonho de Bubba.

Enquanto estão no treinamento, Bubba não para de tagarelar sobre as imensas possibilidades de pratos que podem ser feitos com esse fruto do mar.
Ele diz: "Anyway, like I was sayin', shrimp is the fruit of the sea. You can barbecue it, boil it, broil it, bake it, saute it. Dey's uh, shrimp-kabobs, shrimp creole, shrimp gumbo. Pan fried, deep fried, stir-fried. There's pineapple shrimp, lemon shrimp, coconut shrimp, pepper shrimp, shrimp soup, shrimp stew, shrimp salad, shrimp and potatoes, shrimp burger, shrimp sandwich. That- that's about it." 

Assista à cena (a qualidade tá meio tosca): 




A parceria deu tão certo que virou loja/restaurante de verdade. Quando eu estive em NY deu uma passadinha lá. Achei meio caro. Acabei que não consumi nada. Só tirei foto mesmo rs.

Trazendo o Bubba Gump aqui pro Brasil, a receita de hoje será de um Bobó de Camarão.



Ingredientes:
500 g de camarão médio limpo
1 kg de mandioca 
4 colheres (sopa) de azeite 
3 dentes de alho 
4 colheres (sopa) de manteiga 
1 cebola 
1 pimentão vermelho
200 ml de leite de coco 
4 colheres (sopa) de azeite de dendê 
sal e pimenta-dedo-de-moça a gosto
2 colheres (sopa) de coentro fresco

Modo de Preparo:
Numa tábua, pique os dentes de alho, a cebola, o coentro e a pimenta dedo-de-moça. Corte o pimentão ao meio no sentido do comprimento, retire as sementes e corte em cubinhos. 

Descasque a mandioca e corte em pedaços grandes. Transfira para uma panela e cubra com água. Leve ao fogo alto e deixe cozinhar até que a mandioca fique macia. 

Numa frigideira, coloque o azeite de oliva e leve ao fogo médio. Quando esquentar, acrescente o alho e refogue até dourar. Aumente o fogo, adicione os camarões e refogue por 3 minutos. Reserve. 

Em outra panela, coloque a manteiga e leve ao fogo médio. Quando derreter, acrescente a cebola e o pimentão. Refogue por cerca de 5 minutos. Reserve. 

No liquidificador, bata a mandioca ainda quente, o leite de coco, o azeite de dendê e o refogado de cebola com pimentão até obter um creme homogêneo. Se o copo do liquidificador for pequeno, bata os ingredientes em duas etapas. 

Numa panela grande, coloque o camarão refogado, o creme de mandioca e leve ao fogo alto. Quando ferver, tempere com sal e pimenta dedo-de-moça picada. Desligue o fogo e adicione o coentro. Misture bem e sirva quente.

domingo, 18 de agosto de 2013

FRANGO COM AMEIXAS


"Frango Com Ameixas" é uma produção dos mesmos criadores da incrível animação "Persepólis" de 2007. Uma narrativa não linear que mostra a vida de Nasser Ali, um músico que perde o prazer de tocar, e abdica da vida. Um longa muito bem dirigido, com um roteiro simples, porém coerente e sensível. A veterana Isabella Rossellini aparece como mãe de Nasser Ali.

O filme é um ensaio sobre o sofrimento de um coração partido e como esse sentimento aperfeiçoa a arte. Quando o protagonista perde a única coisa que ainda o liga com a humanidade ele decide que a vida não tem mais nada para lhe oferecer.

Família, amigos, comida, cinema... nada disso tira Nasser Ali de seu estado catatônico em relação à vida. Ele se tranca em seu quarto para morrer. E depois de oito dias ele consegue. Daí acompanhamos em flashbacks a jornada dele e como a profundeza de sua decepção amorosa se perpetuou irremediavelmente ao longo dos anos. 

Apesar de ser uma drama, o diretor conseguiu dar leveza à produção com nuances de comédia e recursos gráficos como a animação em alguns momentos.

E como não poderia deixar de ser a receita deste post é Frango Com Ameixas.

Ingredientes:

1 kg de frango à passarinho
1 xícara de chá de molho inglês
1/2 xícara de chá de vinagre balsâmico
1/2 xícara de chá de açúcar mascavo
3 dentes de alho socados
2 colheres de chá de sal
3 colheres de chá de molho de pimenta
2 xícaras de ameixas pretas sem caroço

Modo de Preparo:

Disponha as peças de frango em um refratário que possa ir ao forno

Em uma tigela misture todos os ingredientes e despeje a mistura sobre o frango
Leve ao forno por cerca de 1 hora coberta com papel alumínio e depois deixe dourar por mais meia hora sem o papel. Troque de refratário para servir.
Está pronto! Bom apetite!