segunda-feira, 20 de maio de 2013

CELESTE E JESSE PARA SEMPRE

Filmes de fim de relacionamento costumam ser previsíveis, piegas e um pouco inverossímeis. Isso praticamente descreve a maioria das comédia românticas (que eu amo, não se enganem). Mas o que mais me atraiu na dramédia "Celeste e Jesse Para Sempre", são os esforços da roteirista e protagonista do filme, Rashida Jones, de fugir da mesmice. Esse esforço realmente valeu a pena, pois o resultado foi uma bela reflexão sobre o término de uma relação muito afetuosa.

Celeste e Jesse eram, não só um casal, mas também os melhores amigos. A sintonia dos dois é perfeita. Eles têm suas próprias piadas. São carinhosos e atenciosos um com o outro. Levam a relação com muito bom humor. E isso se mantém depois do fim do casamento que os uniu por seis anos. Seis meses após o fim da relação eles ainda são melhores amigos e convivem numa boa.

Só que, infelizmente, isso é muito, muito, muito difícil sustentar por muito tempo. Logo outras pessoas aparecem e a realidade cai como uma bomba. Celeste tem dificuldade de aceitar que Jesse está em outro relacionamento. Ela está em estado de completa negação. Muito confusa, ela tenta fingir que não liga, tenta sair com outros caras, mas o que ela deveria estar vivento é o luto necessário pelo término. Precisa-se de tempo para aceitar e processar certas coisas. E esse tempo de cura é essencial para estar pronto para uma nova relação. Engatar um outro relacionamento de cara e não querer lidar com a dor é simplesmente tentar substituir uma pessoa pela outra.

Uma das partes mais emocionantes do filme é o discurso de Celeste como madrinha de casamento de sua amiga. Esse é o trecho mais tocante:

"Beth e Tucker, vocês têm sorte de serem melhores amigos. Trabalhem duro e respeitem isso. Isso não vem fácil. Sejam pacientes. Não pensem que estão certos o tempo todo. E se você estiver, isso não interessa de qualquer maneira. Lutem por isso, todos os dias. Eu gostaria de ter feito isso."

E é isso que eu penso ser a base de uma relação: a amizade. A bobeira de rir juntos por coisas idiotas. A compreensão e o companheirismo. O zelo e o carinho. Tudo isso tem que estar no pacote.

Manteiga derretida que sou, chorei na parte onde Celeste peguntar a Jesse se ele ama sua atual companheira. E Jesse admite que sim. Ouvir da pessoa amada que esta ama outra pessoa é uma das dores mais profundas que eu já passei.

Bem, chega de sentimentalismo. Parte da transição de Jesse envolve sua mudança de alimentação. Ele se torna um vegan (um tipo de vegetariano xiita). Em um momento do filme ele pede em um restaurante uma Enchilada Vegana, que é uma versão natureba da comida mexicana. Anotem a receita:

Ingredientes:

4 tortilhas de farinha de trigo (compra-se pronta no supermercado)

75 g de queijo a base de soja, ralado 

75 g de espinafres 

2 colheres de sopa de azeite 
Milho Verde de latinha
1 colher de sopa de ervilhas 
1 pimenta vermelha, sem sementes e cortado em cubos 
1 cenoura, cortada em cubos 
2 dentes de alho espremidos
1 pimenta tipo malagueta vermelha, picada 
Sal e pimenta


Molho:


4 tomates esmagados 

1 dente de alho

1 colher de chá de pimenta do reino

1/2 cebola ralada

Modo de Preparo:

Refogue os espinafres numa panela com água fervente por alguns minutos. 

Escorra bem, retirando o máximo de líquido e pique-os.

Aqueça o azeite numa frigideira em fogo médio. 

Junte o milho, as ervilhas, a pimenta, a cenoura,o alho e a malagueta cozinhe por uns 5 minutos.
Junte os espinafres e tempere bem com sal e pimenta a gosto.
Para o molho, coloque todos os ingredientes numa frigideira de fundo grosso e deixe ferver, mexendo constantemente. 
Cozinhe em fogo alto, mexendo constantemente durante 20 minutos, até engrossar e reduzir para um terço o seu volume.
Espalhe um quarto do recheio pelo centro de cada tortilha. Enrole as tortilhas em volta do recheio e coloque-as, com a abertura para baixo, numa única camada dentro de uma assadeira.
Verta o molho sobre as tortilhas e polvilhe com o queijo. 
Cozinhe no forno previamente aquecido, a 180º C, durante 20 minutos até o queijo derreter e dourar.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

UM BEIJO ROUBADO

Norah Jones é uma cantora tão bem sucedida que em sua curta carreira já conquistou o total de doze grammys. Em 2007, ela se deu ao luxo de se arriscar como atriz no adorável filme "Um Beijo Roubado", de Wong Kar Wai.


O cineasta Wong Kar Wai é conhecido por belos trabalhos com tons experimentais e intimistas, como "Amor à Flor da Pele" e "Felizes Juntos". Em "Um Beijo Roubado", seu primeiro trabalho com artistas hollywodyanos, ele teve o prazer de reunir, além de Norah, Rachel Weisz, Natalie Portman, Jude Law, entre outros.

Na história, Elizabeth (Jones), depois de sair de uma relação ruim, resolve embarcar em uma longa viagem para refletir sobre suas questões. No caminho, ela cruza com vários tipos de pessoas com diferentes problemas pessoais.

Essa jornada começa e termina com o relacionamento dela com o dono de bar, Jeremy (Law). Os dois se tornam amigos e passam a compartilhar uma torta de mirtilo toda noite, depois que ele encerra o serviço. E em uma dessas noites, Elizabeth cochila em cima do balcão e Jeremy não consegue se deter e rouba-lhe um beijo. Logo depois disso, ela parte em sua viagem.

Uma das indagações de Elizabeth é justa e faz sentido: "como dizer adeus a uma pessoa que você não se imagina vivendo sem ela?" Para quem já passou por isso sabe que é extremamente doloroso.

E, no final, a conclusão que ela chega é: "Me custou quase um ano para chegar aqui. Não foi tão difícil atravessar essa estrada. No fim das contas, tudo depende de quem está te esperando do outro lado".

A receita, em homenagem ao filme, será a Torta de Mirtilo. A receita é do chef francês Henri Schaeffer .

Ingredientes:
375g de açúcar
250g de farinha de trigo
150g de manteiga
1 ovo
1 pitada de fermento químico em pó

1 pitada de sal (equivalente a 3 g)

300g de mirtilo

Farinha de trigo para polvilhar

Rolo de abrir massa
Forma para torta

Modo de preparo:
Massa

Em uma batedeira, bata a manteiga e o açúcar até obter um ponto consistente (equivalente a uma pomada). Acrescente, aos poucos, a farinha de trigo, o sal e o fermento e, por último, o ovo, batendo sempre, em velocidade baixa. Reserve a massa na geladeira.

Creme de amêndoas
100 g de manteiga
100 g de açúcar
100 g de farinha de amêndoas
2 ovos
Bata a manteiga e o açúcar na batedeira até a mistura ficar cremosa. Em seguida, adicione, aos poucos e batendo sempre, a farinha de amêndoas e, por último, os ovos. Misture até obter o ponto cremoso. Reserve.
Montagem da torta
Retire a massa da geladeira. Polvilhe uma superfície lisa com farinha de trigo e abra a massa com um rolo. Forre a fôrma com a massa e leve ao forno preaquecido a 170ºC por cerca de 5 minutos. Retire do forno e despeje todo o creme de amêndoas por cima da massa. Leve novamente ao forno a 170ºC e deixe por cerca de 10 minutos ou até que a massa fique dourada e o recheio, com uma consistência firme. Retire do forno, deixe esfriar e, em seguida, espalhe o mirtilo por cima.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

A FESTA DE BABETTE (SALADA DE ENDÍVIAS)

O filme "A Festa de Babette", de 1987, é um bom exemplo de um excelente filme dinamarquês, muito antes do Dogma 95 de Lars Von Trier e Thomas Vinterberg.

A história se passa no século XIX, onde duas irmãs vivem em um pequena comunidade com o pai que é o líder religioso local. Um dia, a francesa Babette chega ao vilarejo a procura de emprego, pois ela teve que fugir da França.

Durante 14 anos, Babette serve fielmente a família até a morte do pai das mulheres. Nesta ocasião, ela propõe servir um jantar para a comunidade ao melhor estilo francês. Mesmo receosas, as irmãs acabam concordando. Babette, que recentemente ganhou 10.000 francos na loteria, usa esse dinheiro para prover os elementos do banquete, sem que as irmãs saibam. Com o talento  culinário de Babette, aquelas pessoas usufruem do melhor jantar de suas vidas. Ao fim da festa, ela revela ter sido uma importante chef na França e que gastou todo o seu dinheiro para preparar o jantar. Chocadas, as mulheres falam a francesa: "Agora você será pobre para sempre". Babette replica: "Um artista nunca é pobre".

Babette, na verdade, oferece esse jantar não só para a felicidade daqueles que o degustaram, mas para reviver seus momentos de glória como uma grande chef. É aquela sensação boa que temos quando terminamos uma tarefa extenuante, mas com aquele gostinho em que tudo valeu a pena.  

A produção foi merecidamente premiada com o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1988 e logo se tornou um clássico entre os filmes com apelo gastronômico.

O banquete oferecido por Babette contou com receitas exóticas como sopa de tartaruga e caviar. Escolhi uma receita do filme que é mais simples e portanto mais provável de ser executada com sucesso: salada de endívias.

Ingredientes:

4 endívias
100gr de nozes picadas

Azeite

Mel

Aceto Balsâmico

Sal
Pimenta do reino


Modo de Preparo:

Corte as endívias em sentido longitudinal em fatias.

Pique as nozes

Em uma tigela, misture o azeite, o aceto e o mel até obter uma mistura homôgenea e brilhante.

Coloque as nozes sobre as endívias e regue com o molho.

terça-feira, 14 de maio de 2013

MEIA NOITE EM PARIS

Com um dos roteiros mais interessantes já visto, o filme "Meia Noite Em Paris" traz Woody Allen em sua melhor forma. Paris, por si só, é um excelente chamariz para locação e Woody consegue resgatar a magia dessa cidade na década de 20 e ainda imprimir sua marca de originalidade de forma brilhante.

Gil (Owen Wilson) é um roteirista de cinema, frustrado com a indústria, que quer se tornar um romancista. Ele está em Paris com a família de sua noiva um pouco antes da grande data. Entretanto, essa viagem mudará sua vida para sempre. Acontece que, quando dá meia noite, Gil é magicamente transportado para a Paris da década de 20. Lá, ele encontra figuras como F. Scott Fitzgerald, Ernest Hemingway, Cole Porter, Gertrude Stein, Pablo Picasso, entre outros.

Todo o glamour dessa época é reconstruído de forma muito graciosa e, com sucesso, consegue inserir o espectador nesse ambiente.

Eu acho muito interessante como Woody, há mais de quarenta anos, consegue fazer filmes maravilhosos, sempre com o mesmo personagem: ele mesmo. Um cara inseguro, cheio de manias e teorias, com um terrível medo da morte que sempre se envolve com mulheres malucas. São poucos os filmes de Woody que não tem esse auto retrato caricato. Não que isso seja ruim. Me diverti muito com Woody do Owen Wilson. Na verdade, considero isso um feito, uma proeza.

Depois de assistir várias obras de um determinado diretor/roteirista, é bem legal perceber suas marcas registradas e onde ele costuma se repetir.

Em "Celebridade", o personagem de Keneth Branagah se envolve com Nola (Winona Ryder) que é uma atriz neurótica sobre seu corpo, seus relacionamentos e sua maneira de atuar. É impulsiva e imatura.

Nola aparece de novo em "Match Point" (2005), com a presença e talento de Scarlett Johansson. É exatamente o mesmo personagem.

Em "Igual a Tudo na Vida" (2003), Christina Ricci é a escolhida da vez para fazer essa personagem que dessa vez chama-se Amanda. Mas tem as mesmas características.

E o melhor exemplo é a Annie, de Diane Keaton, em "Annie Hall" (1977). Ela sumariza todas as particularidades naturais dessa tipo de musa que Allen inventou.

Voltando à "Meia Noite Em Paris", como ilustração desta época, vou postar uma receita de um charmoso coquetel criado nesta época: o Sidecar.

Ingredientes:

2 Partes de Conhaque
¾ Parte de Suco de lima-da-pérsia
¾ Parte de Triple Sec (licor com sabor de laranja)
1 Casca de limão em espiral

Modo de Preparo:


Encher uma coqueteleira com cubos de gelo. Adicionar todos os ingredientes. Agitar e coar em uma taça de coquetel resfriada. Decorar com o limão.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

CARTAS PARA JULIETA

Amanda Seyfried é um dos novos rostinhos que estão bombando em Hollywood. Nos últimos cinco anos ela participou de 13 longas metragem, sem contar as participações em curtas e séries de TV. E ela ainda tem cinco filmes em fase de pré-produção.

Em 2010, ela protagonizou o romance "Cartas Para Julieta", onde ela descobre uma antiga carta de amor e decide reunir esses corações separados pela vida. Vanessa Redgrave está sensacional como sempre. E o lindinho Gael García Bernal faz um papel pequeno de noivo da personagem de Amanda.

Na trama, Gael interpreta um chef que está em busca do macarrão perfeito. Por isso, o casal viaja para a Itália. Quando estão em Verona, Victor (Gael) está mais preocupado com a culinária do que dar atenção a sua futura esposa, Sophie (Amanda). Ela vai explorar a cidade sozinha e encontra um lugar onde as mulheres escrevem cartas para a Julieta (de Shakespeare) para que ela as ajude em suas histórias de amor. E a história começa a partir daí.
Inspirada pela missão do chef Victor, a receita de hoje é uma massa de macarrão caseiro.
Aproveite! (A fonte é o site Cyber Cook)

Ingredientes:

1 kg de farinha de trigo
8 ovos
1 colher (chá) de óleo de soja
1 colher (sopa) de amido de milho
quanto baste de sal

Modo de Preparo:

Junte a farinha, a amido de milho, o sal em uma travessa plástica. Coloque o óleo. Misture tudo e vá quebrando um ovo de cada vez e misturando bem usando as mãos, umedecendo as mãos com água de vez em quando. Quando ficar uma massa homogênea e bem lisa, a sua massa estará pronta. Se não tiver uma máquina para massa (aquela que estica e corta no formato do macarrão), use um rolo de macarrão. Se não tiver, pode usar uma garrafa, porém é bem mais difícil.

Usando o rolo: Estique bem a massa em uma pedra de mármore ou granito, polvilhando sempre com farinha, até obter uma lâmina bem fina de massa. Se for necessário divida a massa em partes antes de esticar. Se quiser fazer canelone ou lasanha, corte os quadrados no tamanho desejado e separe. Se for espaguete ou tagliarini, enrole a lâmina como se fosse um rocambole e corte tiras na espessura desejada. Separe bem as tiras para que não grudem uma na outra. Polvilhe (tanto as lasanhas ou os espaguetes) com farinha e deixe descansar umas doze horas na geladeira para desidratar a massa


domingo, 12 de maio de 2013

O TEMPERO DA VIDA

O filme grego "O Tempero da Vida", de 2003, é um drama centrado em vários elementos da cultura mediterrânea. O filme se passa na Turquia e na Grécia, e conta a vida do menino Fanis, de origem grega e criado em Istambul. Ele aprende com seu avô tudo sobre temperos e condimentos. Nessa época, também, ele se apaixona pela menina Saime, que será o seu amor pela vida inteira.

Por motivos políticos, Fanis e sua família são deportados de volta para a Grécia, fazendo com que ele se separe do seu querido avô e de sua amada. Mas Fanis nunca deixa de lado seu amor pela culinária (o que traz diversos problemas para ele). 35 anos depois, ele volta a Turquia e descobre que, na verdade, foi a vida dele que recebeu menos "tempero".

Ervas, temperos e condimentos são essenciais na culinária mediterrânea. Essas especiarias dão cor a sabor a pratos de uma forma única. Os mais representativos são:

Canela:  Planta originária do Ceilão, que foi introduzida na Europa pelos navegantes fenícios. Fornece sua casca, para ser comercializada em rama ou em pó para polvilhar bolos, biscoitos, bananas cozidas ou assadas, no arroz-doce e em rama no vinho quente e em compotas e caldas.

Cominho: Semente amarelada marrom, originária do oriente e cultivada no Egito. Use-o em molhos para carne e peixe, legumes, ovos e queijo. Utilizado na carne assada, cozida ou de panela. Vai bem até no feijão. Sementes moídas são muito usadas para o tempero de picles. 

Noz-Moscada: O melhor é ter a semente guardada em vidro e ralar na hora: conserva mais o aroma e o sabor. Mais usada em bolos, doces, sobremesas, não só na massa, como um pouquinho polvilhada em cima, no caso de cremes feitos em banho-maria. Ideal para temperos de carnes, ou qualquer receita de carne moída. 

Orégano: Vai muito bem também em carnes, molhos para bifes, saladas (tomates, cebola em rodelas, óleo, vinagre, sal, pimenta-do-reino e, lógico, o próprio orégano). Pode ser usado seco ou fresco.  

(a fonte das definições dos temperos é o site das Casas Pedro, ideal para adquirir esse tipo de produto)

Quem quiser saber mais sobre esse universo, recomendo o livro "Ervas, Temperos e Condimentos de A a Z" da Rosa Nepomuceno. É uma excelente publicação sobre o assunto.


quarta-feira, 8 de maio de 2013

SENTIDOS DO AMOR

Numa pegada bem ao estilo de "Ensaio Sobre a Cegueira", o filme "Sentidos do Amor", de 2011, aborda como a sociedade continua a sobreviver ao perder os sentidos humanos básicos: olfato, paladar, audição e visão. Nesse contexto apocalítico, o casal vivido por Eva Green e Ewan McGregor (ela uma cientista e ele, um chef) tenta manter um relacionamento amoroso apesar das dificuldades geradas pelas perdas sensoriais.

O filme é ousado. Tem momentos que até remete a um ar documental. Não é uma produção fácil de digerir. Mas vale a pena assistir.

Ewan McGregor faz um chef de cozinha. Imagine para quem lida com comida viver em um mundo sem sentidos. É bizarro. Quando se perde o olfato e o paladar, a textura e imagem da comida passam a ser o diferencial entre bom e ruim.

Entretanto, no início do filme, quando o casal está se conhecendo melhor, Michael (McGregor) prepara um lombo de cação com limão siciliano para Susan (Green). E é essa receita que mais me chamou a atenção. Como não dá para saber como é a receita propriamente dita, vou sugerir uma bem simples que encontrei no site Tudo Gostoso. E o melhor, o cação tem poucas espinhas, o que ajuda muito. Aproveitem!

Lombo de Cação Assado:

Ingredientes:

500 g de lombo de cação
3 ramos de alecrim 
1 colher de sopa de sal
2 colheres de sopa de azeite de oliva 
1 limão siciliano
Pimenta moída a gosto 

Modo de Preparo:

Tempere o cação com o alecrim, o sal, a pimenta, o suco de 1 limão e o azeite de oliva e deixe marinar por pelo menos 1 hora. 
Em uma frigideira grande, sele os dois lados do cação.
Em uma assadeira untada, leve o cação ao forno em fogo médio por aproximadamente 30 minutos. Na metade do tempo vire o lombo para dourar dos dois lados.

Sirva acompanhando do arroz branco e salada verde.

terça-feira, 7 de maio de 2013

UM LUGAR CHAMADO NOTTING HILL

Julia Roberts e Hugh Grant levaram para as telonas a história da Cinderela invertida, na comédia romântica "Um Lugar Chamado Notting Hill", de 1999. William (Grant) é um simples comerciante, dono de uma livraria, que totalmente por acaso, cruza com a atriz mais famosa de Hollywood, Anna Scott (Roberts).

O romance do dois é desenvolvido com naturalidade e sutileza fazendo que a situação seja tão crível, que eu realmente acreditei que eu poderia esbarrar com o Brad Pitt no Méier (bairro onde eu moro) e ele ficar caidinho por mim. haha

O filme foi um sucesso na época e recebeu três indicações ao Globo De Ouro.

Uma das cenas mais legais do filme é quando William convida Anna para o aniversário de sua irmã. Depois de um agradável jantar, um brownie sobra na mesa. Então todos à mesa disputam quem é o mais perdedor na vida e por isso merece o bolinho.


Assista a um trechinho da "competição" no video abaixo:


Enfim, como a disputa pelo brownie é realmente intensa, vale a pena fazer em casa, certo?

Então aqui vai a receita:

Brownie

Ingredientes:

2 xícaras de chá de farinha de trigo
3 colheres de chá de fermento
nozes a gosto           
3 ovos
1 1/2 xícara de chá de açúcar
250g de chocolate meio amargo
200g de manteiga

Modo de Preparo:

Em uma tigela, peneire a farinha com o fermento.


Acrescente as nozes e reserve.


Na batedeira, misture os ovos com o açúcar e bata até obter um creme amarelo claro.


Derreta o chocolate em banho-maria com a manteiga.


Incorpore o chocolate derretido ao creme de ovo, com cuidado para não cozinhar as gemas.


Acrescente a mistura de farinha peneirada.


Despeje em um refratário untado.


Leve ao forno pré-aquecido a 180 graus por 20 minutos.


segunda-feira, 6 de maio de 2013

SOB O SOL DA TOSCANA

Eu, particularmente não sou muito fã da atriz Diane Lane. Isso não significa que, vez ou outra, ela faça bons filmes. "Sob o Sol da Toscana", de 2003, é um desses casos.

Recém divorciada, Frances é convencida por suas amigas a embarcar em uma excursão para a Toscana. Em um ato impulsivo, ela decide comprar um casinha e morar lá. É o tipo de atitude que tomamos quando estamos de luto pelo fim de uma relação. Não sei quantos aos homens, mas as mulheres... bem, algumas delas como eu... costumam tomar atitudes impensadas a fim de tentar uma mudança de fora pra dentro. Para Frances funcionou. Levou tempo, mas ela conseguiu dar a volta por cima e se permitir amar de novo.

O que eu mais gosto no filme é a parte em que Frances define o fim de uma relação. Ela diz:
"Sabe o que é mais surpreendente sobre o divórcio? É que ele não te mata realmente. Como uma bala no coração ou um acidente de carro. Mas deveria. Quando alguém que você prometeu amar e respeitar até que a morte os separe diz "eu nunca te amei", isto deveria te matar instantaneamente.. Você não deveria ter que acordar todos os dias depois disso, tentando entender como não percebeu. (...) Eu deveria saber, mas estava com medo de enxergar a verdade. E o medo te faz de idiota"

Apesar de ser inspirado no livro homônimo, a história de um não tem nada a ver com a do outro.

No livro, Frances vai para Itália com o noivo e juntos eles descobrem os prazeres da Toscana.
Em homenagem ao filme, vou dar duas opções de pratos comuns da região e que de fato aparecem no filme.

Prosciutto e Melone

Prosciutto é um tipo de presunto italiano que é cortado em fatias bem finas. Pode ser defumado ou cru. O melão usado é tipo cantaloupe que é mais amarelado. Enrole o presunto no melão e sirva como entrada.

Bruschetta

Ingredientes:

1 baguete
1 tomate picado sem pele e sem semente
1/2 dente de alho
Manjericão
Azeite extra virgem

Modo de Preparo:

Corte a baguete em rodelas. Leve-as ao forno pré aquecido a 180 graus até que fiquem crocantes. Em um bowl, misture todos os ingredientes, exceto o alho. Use o alho somente para dar um gostinho, esfregando-o na superfície das torradas. Disponha a mistura cuidadosamente por cima das fatias de pão. Ao servir, despeje um fio de azeite por cima.




sábado, 4 de maio de 2013

O FABULOSO CRÈME BRÛLÉE DE AMÉLIE POULAIN

"O Fabuloso Destino de Amélie Poulain", de 2001, além de ser o filme que projetou a atriz Audrey Tautou internacionalmente, também é um dos filmes mais graciosos que eu já vi na minha vida.

Amélie sempre foi uma criança solitária por causa das nóias do pai dela. Ela perdeu a mãe muito cedo. Quando se tornou uma moça, manteve-se uma pessoa reservada. Ela se concentra nas pequenas coisas que lhe dão prazer, como atirar pedrinhas em um rio, ou prestar atenção em detalhes que ninguém mais repara em um filme, e ainda quebrar a casquinha de uma crème brûlée.

Mais tarde, Amélie descobre como é prazeroso ajudar as pessoas e faz disso uma espécie de missão. Ela interage com várias pessoas e realmente prorporciona momentos únicos em suas vidas.

Indicado a cinco estatuetas do Oscar, "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain", ainda coleciona mais de 50 prêmios ao redor do mundo.

Para quem quiser experimentar o prazer de quebrar a casquinha de uma crème brûlée, aí vai a receita, que é do chef Fred Frank.

Crème Brûlée

Ingredientes:

5 gemas
2 caixinhas de creme de leite
1/3 de xícara de chá de açúcar
100 ml de leite
1 1/2 colher de chá de essência de baunilha

Modo de preparo:

Bata as gemas com o açúcar até obter um creme amarelo claro.


Adicione a essência de baunilha, o creme de leite e o leite. Misture com uma colher.


Deixe descansar por dez minutos. Enquanto isso, ferva cerca de 1 litro de água. Depois do creme descansar divida-o em quatro potinhos que possam ir ao forno.


Coloque os potinhos em um refratário retangular e antes de levar ao forno despeje a água fervendo para fazer o banho-maria.


Cozinhe por 40 minutos e leve a geladeira por 12 horas.


Quando for servir, polvilhe com açúcar e leve uma colher à chama do fogão. Com cuidado para não se queimar, passe a colher quente por cima do açúcar em movimentos circulares para caramelizar. Repita o procedimento até formar uma casquinha.