
A
história do príncipe judeu Judah Ben-Hur já teve várias adaptações para o
cinema e TV, sendo a versão de 1959 a mais conhecida. Protagonizada por
Charlton Heston, a produção foi vencedora do Oscar em 11 categorias, até hoje
detém o recorde de filme com mais prêmios da Academia, ao lado de “Titanic”
(1997) e “O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei” (2003).
Sobre
as possíveis comparações entre os dois filmes, o ator Jack Huston, intérprete
do protagonista, declarou que são duas produções da mesma fonte, mas focos
distintos, sendo o primeiro centrado na vingança e este direcionado para a
redenção e o perdão. Huston ainda afirmou que esperam que o público tenha uma
experiência positiva com este filme e possa sair dos cinemas inspirados pela
mensagem do filme.
Já
o ator brasileiro Rodrigo Santoro, que recebeu a missão de interpretar ninguém
menos que Jesus Cristo, chegou a se emocionar ao relembrar as filmagens da
crucificação. De acordo com Santoro, sob um frio excruciante, a demanda física
foi absurda. Segundo ele, a intenção dele e do diretor foi fazer um retrato
mais acessível e humanizado de Jesus, tentando aproximar as imagens do Jesus
histórico do Jesus bíblico.
Quando
questionado sobre o que esse trabalho proporcionou de ganho pessoal para o
ator, Santoro respondeu que realizar o exercício de “oferecer a outra face” foi
um ensinamento de tolerância que por muitas vezes foi limitado por seus
próprios instintos. Ele concluiu, portanto, que é necessário estar sempre trabalhando
para evoluir em um esforço de sempre poder melhorar.
Para
Huston, a figura de Jesus para seu personagem, Ben-Hur, era de apenas um homem
que lhe mostrou bondade em um momento de aflição e não de um messias como o
conhecemos hoje em dia. Ele se fiz muito orgulhoso de fazer parte deste filme e
que a mensagem proposta transcende a barreira do tempo.
Na
história, Judah Ben-Hur foi criado com seu irmão adotivo Messala, que é de
origem romana. Sentido confuso sobre sua identidade, e mesmo amando a família
que o acolheu, Messala decide partir e se alistar no exército de Cesar. Anos se
passam e Messala volta a Jerusalém como um oficial militar condecorado e se
reúne com sua família num clima de festa e comemoração. Mas um mal-entendido
envolvendo um atentado contra o novo governador, Pôncio Pilatos, coloca os
irmãos em lados opostos gerando uma trágica jornada de vingança e redenção.
Paralelamente, Jesus começa sua obra e seu ministério sublinha a saga de Ben-Hur
com grande influência nas escolhas do príncipe transformado em escravo.

Está
previsto, também, o lançamento de uma nova edição do livro “Ben-Hur: Uma
História dos Tempos de Cristo”, pela editora Gutenberg, com texto de Carol
Wallace, trineta de Lew Wallace autor da obra original publicada em 1880. A
intenção dela é dar uma nova roupagem para a trama com intuito de aproximá-la
dos leitores atuais.
